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Após estar em funcionamento há meio ano, a primeira zona de livre comércio da China continental, em Shanghai, atraiu a participação de muitas empresas chinesas e de outros países. Até 25 deste março, mais de 7.400 companhias estabeleceram-se na zona. Entre elas, 628 são estrangeiras. Com a expansão rápida do complexo, duplicou preço dos alugueis de escritórios na zona. Entretanto, isso não afetou o entusiasmo das empresas instaladas.
A Zona de Livre Comércio de Shanghai tem uma superfície total de 28,78 quilômetros quadrados, incluindo quatro áreas de vigilância alfandegária especial. Sendo uma nova tentativa de impulsionar o desenvolvimento da China, a zona franca é de grande importância para impulsionar a reforma e abertura da China. O ministro do Comércio chinês, Gao Hucheng, valorizou o papel essencial da concepção estratégica de comércio.
"Desde a criação, a Zona de Livre Comércio de Shanghai já alcançou muitas conquistas nos diversos aspectos, como a transformação das funções do governo, liberalização do setor de serviços, reforma do sistema de gestão de investimento estrangeiro e o comércio transfronteiriço por meio do Renminbi (moeda chinesa)."
Impulsionar a abertura e a inovação da área financeira é uma missão importante da Zona de Livre Comércio de Shanghai. Para alcançar a meta, o governo chinês já tomou muitas medidas para apoiar a construção da zona franca. Ao falar das ações das autoridades, o professor Zhu Ning, da Universidade Jiao Tong de Shanghai, afirmou:
"Devemos manter uma atitude objectiva sobre a expansão da zona de livre comércio. Caso aceleremos o ritmo da reforma na área econômica, o mercado e o sistema financeiro do nosso país poderá ser afetado. Neste sentido, acho que é necessário adotar uma intervenção gradual para lidar com o desenvolvimento de todo o complexo."
No aspecto da inovação do sistema, a Zona do Livre Comércio de Shanghai criou um novo modelo de gestão sobre a lista negativa. Todos os setores que não estão incluídos nesta lista são abertos a investimentos internacionais. Isso fornece maior espaço de oportunidades para os investidores estrangeiros, além de facilitar a reforma da supervisão alfandegária.
Muitos analistas acreditam que o exemplo da Zona do Livre Comércio de Shanghai será copiado em outras regiões da China, no futuro. Sobre esta questão, o professor Zhu Ning deu sua opinião:
"A curto prazo, acho que a China não vai estabelecer outra zona de livre comércio, mas priorizará o desenvolvimento da zona franca de Shanghai. Isso porque Shanghai é uma cidade cosmopolita, e tem muitas vantagens em desenvolver o comércio internacional. Além disso, também devemos considerar os riscos financeiros antes de decidir criar uma zona de livre comércio. Neste sentido, a China vai manter uma atitude moderada na questão."
tradução:Zhao Yan
revisão:Bráulio Calvoso