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O Comitê Permanente da Assembleia Popular Nacional (APN), o órgão legislativo chinês, deliberou nesta quarta-feira (25) duas propostas para definir o dia 3 de setembro como Dia Comemorativo à Vitória da Guerra de Resistência à Invasão Japonesa e o dia 13 de dezembro, como Dia de Luto às Vítimas do Massacre de Nanjing.
"A legitimação de uma data para comemorar a vitória da Guerra de Resistência à Invasão Japonesa reflete a vontade do povo chinês. O ato é necessário porque nos ajuda a lembrar da história, estimar a paz e criar um bom futuro."
Foi assim que explicou o diretor da Comissão de Assuntos Legislativos da APN, Li Shishi, ao entregar o esboço do projeto à Casa. O documento ressalta o significado histórico da Guerra de Resistência à Invasão Japonesa. Segundo o texto, foi uma guerra de justiça para combater o imperialismo japonês, fazendo parte importante da luta mundial contra o fascismo. A vitória foi um ponto marcante para ajudar a nação chinesa a sair da decadência, rumo à renascença, assentando um importante alicerce para a concretização da independência da nação, libertação do povo e fundação da Nova China.
Em 2 de setembro de 1945, o Japão assinou oficialmente o acordo de rendição. No dia seguinte, o então governo chinês autorizou comemorações nacionais para celebrar a vitória. Li Shishi ressaltou a iniciativa de legitimar a data.
"Com a legitimação da data, podemos homenagear melhor heróis que contribuíram à vitória e ressaltar a importância dessa guerra na luta mundial contra o fascismo, além de demonstrar a firme posição da população chinesa em garantir a soberania, a integridade territorial e a paz mundial. A decisão ajuda definitivamente a incentivar os chineses a trabalhar em conjunto para concretizar o sonho chinês."
A reunião de ontem deliberou também o anteprojeto para definir o dia 13 de dezembro como Dia de Luto às Vítimas do Massacre de Nanjing. Em 13 de dezembro de 1937, o exército japonês começou a efetuar um grande massacre contra civis de Nanjing, no leste da China. A ação durou mais de 40 dias. Mais de 300 mil chineses foram mortos. Li Shishi explicou também a iniciativa:
"A proposta tem como objetivo homenagear as vítimas do massacre e todos os compatriotas que sofreram durante a invasão japonesa. A conduta japonesa causou graves danos ao povo chinês e ao resto do mundo."
Tradução: Inês Zhu
Revisão: Luiz Tasso Neto