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O Ministério da Defesa do Japão declarou recentemente que está cogitando abater aviões chineses não-tripulados que invadirem o território japonês. O porta-voz do Ministério da Defesa, Geng Yansheng, afirmou nesta quinta-feira (26) que a fala japonesa parte de uma premissa inventada, que pretende deliberadamente fazer provocações. Para Geng Yansheng, a reação exagerada do Japão aos procedimentos legais da china mostra que o mesmo tem uma consciência intranquila.
"O que o Japão declarou foi inventado, pretendendo provocar e criar uma atmosfera de tensão. Os aviões chineses não vão invadir o território de outros países, assim como não permitimos a invasão do nosso território."
O Ministério da Defesa do Japão anunciou também que instalará na ilha de Iwojima equipamentos de monitoramento para interceptação dos sinais de comunicação entre aviões e navios militares chineses. O plano será implementado em 2017. Segundo as autoridades japonesas, a decisão foi tomada com base na previsão de que a China será cada vez mais ativa nas atividades militares nas águas do Oceano Pacífico.
Para Geng Yansheng, o Japão reagiu de forma exagerada às atividades militares legais chinesas.
"O treinamento de rotina feito por aviões e navios chineses no oeste do Pacífico corresponde estão dentro das normas estabelecidas pela Lei Internacional. Quanto às atividades militares legais chinesas, ninguém deve reagir exageradamente. A reação japonesa demonstra a intranquilidade de sua consciência."
Com a ascensão das forças políticas de direita no Japão, o país vem provocando disputas territoriais nos últimos tempos. O governo Shinzo Abe pretende acrescentar no programa nacional de defesa o direito da autodefesa coletiva.
O porta-voz chinês ressaltou que a conduta japonesa está desafiando a ordem mundial estabelecida após a segunda Guerra Mundial e merece mais atenção por parte dos seus países vizinhos e da comunidade internacional.
"Os países vizinhos do Japão e a comunidade internacional querem saber o que as forças de autodefesa japonesas querem fazer. Qualquer ação delas que desafie a ordem mundial estabelecida após a segunda Guerra Mundial é digna da alerta suprema."