O ônibus parou em frente ao portão do parque. Compramos os ingressos e entramos. Para nossa surpresa, pudemos caminhar tranquilamente por entre as estátuas de budas, cavernas e bosques. Poucos turistas caminhavam por ali e foi muito fácil e tranquilo tirar fotos. Era dois de outubro, segundo dia do feriadão do Dia Nacional da China. Supostamente, todos os pontos turísticos do país estariam lotados de visitantes. Achei estranho.
Visitamos todas as cavernas e estátuas que encontramos pelo caminho e, uma hora e meia depois, finalmente chegamos ao principal monumento, o famoso Leshan Buda (乐山大佛). A estátua é realmente impressionante, tem 71 metros de altura. Esculpida em um paredão de pedra na confluência dos rios Qingyi, Minjiang e Dadu, começou a ser trabalhada no ano de 714 d.C., na dinastia Tang, e foi concluída em 803 d.C.. Ao subir alguns lances de escada, chegamos ao lado da cabeça da estátua, que foi declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco.
Lá em cima, descobrimos que havia outra entrada no parque, muito mais próxima à estátua. A horda de turistas chineses entrava por ali e se dirigia diretamente ao buda, sem percorrer o longo e espetaular caminho que fizemos. Eles só estavam ali para ver o buda.
Depois de levar algumas cotoveladas e pisões nos pés, conseguimos achar um bom lugar para tirar fotos da cabeça da estátua. Mas, para descer até os pés do buda, à beira do rio, seria preciso enfrentar uma enorme fila e descer uma pequena escada repleta de turistas, algo que eu não estava disposto a fazer naquele momento. O Márcio Tatagiba, amigo que estava me acompanhando nessa viagem, concordou. Saímos dali, entramos em uma van e partimos para Emeishan, uma das quatro montanhas sagradas do budismo chinês. Semana que vem eu conto sobre o resto dessa aventura e sobre o passeio que fizemos pelo Tibete e no Acampamento Base do monte Everest. Não perca!