Reunião da UA abre com apelo aos países africanos para aumentarem produção agrícola
Lusaca, 14 jul (Xinhua) -- A 41ª Sessão Ordinária do Conselho Executivo da União Africana (UA) foi aberta na quinta-feira em Lusaca, capital da Zâmbia, com o país anfitrião pedindo aos países africanos que aumentem a produção agrícola para enfrentar insegurança alimentar.
A reunião, composta por ministros dos Negócios Estrangeiros dos Estados-Membros, decorre sob o tema "Construindo Resiliência na Nutrição no Continente Africano: Acelerando o Capital Humano, as Comunidades Sociais e Econômicas e os Mecanismos Regionais". Acontece de 14 a 16 de julho.
O ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Internacional da Zâmbia, Stanley Kakubo, disse que o tema é um lembrete aos países membros para que aumentem os seus esforços na tradução do potencial agrícola do continente em crescimento agrícola, a fim de eliminar a fome e a desnutrição.
Disse que o continente tem muitos vários recursos naturais para potenciar a produção agrícola, destacando que África tem potencial para ser segura alimentar bem como exportador líquido de produtos agrícolas se a produtividade aumentar.
Segundo ele, os países membros devem aproveitar a entrada em vigor do acordo da Área de Livre Comércio Continental Africana (AfCTA) garantindo a agregação de valor aos produtos para serem competitivos no comércio global.
O ministro disse que é necessário que os países africanos encontrem recursos financeiros alternativos para fomentar a competitividade dos produtos africanos, bem como procurar formas inovadoras de reduzir o custo do capital.
Ele também pediu aos estados-membros que renovem seus compromissos para alcançar a Agenda 2063, o plano de desenvolvimento da África para alcançar o desenvolvimento socioeconômico inclusivo e sustentável ao longo de um período de 50 anos, e seus programas emblemáticos.
O presidente da Comissão da União Africana (CUA), Moussa Faki Mahamat, disse que o continente enfrenta vários desafios que expuseram os países a várias vulnerabilidades.
Apesar dos vários desafios, os países africanos devem se levantar e mostrar ao mundo que são capazes de dissolver seus próprios problemas, disse o presidente da CUA, ao mesmo tempo em que insta os participantes da reunião a encontrar maneiras de abordar as contribuições cada vez menores da organização para que a África veja uma redução na dependência de parceiros.
A ministra das Relações Exteriores do Senegal, Aissata Tall Sall, disse que a integração da área de livre comércio é indispensável para a busca da África para alcançar o sucesso.
Ela disse que a entrada em vigor do acordo de livre comércio foi o maior passo dado para garantir a agenda de integração do continente.
Segundo ela, os países membros devem estar comprometidos com o acordo de livre comércio, pois ele gerará crescimento e desenvolvimento para o continente.
Esta foi a primeira vez que a Zâmbia recebeu um evento da UA desde 2001, quando a nação da África Austral recebeu a cúpula que elaborou o plano de implementação da organização como parte do processo de transição da Organização da Unidade Africana (OUA).
Esperava-se que a reunião recebesse relatórios sobre a Conferência dos Estados Partes da Agência Africana de Medicamentos, a operacionalização dos Centros Africanos de Controlo de Doenças (CDC), o estado da integração regional em África e a divisão do trabalho entre a UA e as comunidades econômicas regionais.
A reunião será seguida pela 4ª reunião de coordenação semestral da UA a 17 de julho, em que é estimada a presença de 13 líderes africanos.