Comentário: Novas provas comprovam que os EUA são motores de guerras
Entre 2017 e 2020, os Estados Unidos realizaram pelo menos 23 guerras por procuração em todo o mundo, aproveitando o chamado “programa 127e”, das quais mais de 14 ocorreram no Oriente Médio e na Ásia-Pacífico, informou o site estadunidense The Intercept.
Só em 2020, o site computou pelo menos 14 projetos ativos dentro do programa. Se a notícia for verdadeira, será uma forte prova de que os EUA vêm lançando guerras por procuração pelo globo há um longo tempo, sendo a maior fonte para criar caos.
O The Intercept, citando os documentos concernentes e vários funcionários de alto escalão, confirma que, sob autorização secreta, os Estados Unidos forneceram armas, treinamento e inteligência para tropas estrangeiras e forças irregulares através do 127e, com um custo total de US$ 310 milhões. Os parceiros desse projeto foram designados para executar missões comandadas pela parte norte-americana contra seus inimigos. A reportagem mencionou que os EUA já promoveram o projeto no Egito, no Líbano, na Síria, no Iêmen, na Tunísia e em outros países. Até agora, o Departamento de Defesa e o Comando de Operações Especiais dos EUA não deram uma resposta às informações divulgadas.
Na chamada guerra por procuração, algumas grandes potências instigam ou apoiam um conflito armado de terceiros, ou os proxies, com o objetivo de evitar o envolvimento direto e tentar maximizar os benefícios com o menor risco. Com o fim da Segunda Guerra Mundial e o início da Guerra Fria, a ação bélica por procuração se tornou gradualmente uma das principais formas de conflitos globais.
Do Oriente Médio para a Europa Oriental e até a América Latina, os EUA estão por trás de quase todos os conflitos do mundo. Segundo o jornal New York Times, alguns grupos centrais financiados pelo governo norte-americano estão promovendo a chamada “democracia” nos países árabes. Na Síria, o governo norte-americano apoia os rebeldes sírios de várias formas e instiga uma guerra por procuração, caracterizada por um conflito completo. Muitos países do Oriente Médio entraram em confrontos por causa da intervenção dos EUA.
Atualmente, a crise ucraniana está fermentando. Embora os políticos estadunidenses tenham negado repetidamente sua participação em guerras por procuração, como eles explicam o envio de grande número de armas para a Ucrânia, o compartilhamento de informações de inteligência e dados de satélite e a imposição de sanções extremas na Rússia? Por que os EUA se recusam a promover as negociações da paz, enquanto estimulam uma escalada do conflito?
Os Estados Unidos celebraram o Dia da Independência nessa segunda-feira, 4 de julho. Em mais de 240 anos, em apenas menos de 20 anos os EUA ficaram sem se envolver em uma guerra. O que move o país é a busca por recursos financeiros e hegemonia. As consequências ficam para os países diretamente afetados que vivem conflitos violentos, com perda de vidas de inocentes e uma situação regional cada vez mais caótica.
Tradução: Zhao Yan
Revisão: Patrícia Comunello