Comentário: Doutrina Monroe não tem mercado na América

Published: 2022-06-06 22:11:08
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A Cúpula das Américas deste ano pode se tornar um sinal de declínio da liderança dos EUA na América Latina, comentou um veículo de imprensa mexicano.

A nona edição da Cúpula das Américas está sendo realizada hoje, dia 6, em Los Angeles, nos EUA. Entretanto, líderes de vários países americanos criticaram ou boicotaram o evento. Além disso, a parte norte-americana decidiu não convidar Cuba, Venezuela e Nicarágua para participar do encontro.

A Cúpula das Américas começou em 1994. Esta é a segunda vez que os EUA sediam o evento. Em abril deste ano, o Departamento de Estado anunciou que não convidaria os três países latino-americanos ao evento devido a “questões relacionadas à democracia”.

Em resposta, líderes de países como México e Bolívia afirmaram que se recusariam a presenciar a Cúpula se Washington não convidasse os líderes de todos os países americanos. Muitos outros países questionaram se esta será uma cúpula das Américas ou só dos Estados Unidos.

De fato, a reação forte dos países latino-americanos tem origem na Doutrina Monroe. Desde sua proposta em 1823, os países da região têm sofrido interferências, manipulações e sanções dos EUA.

Em novembro de 2013, o então secretário de Estado norte-americano afirmou que “a era da Doutrina Monroe já havia terminado” e que os EUA tratariam os países latino-americanos como “parceiros com igualdade”.

Os fatos, entretanto, mostram outra coisa. Desta vez, os EUA pretendem aproveitar a Cúpula das Américas para pressionar os países esquerdistas da região. É a prova mais recente da Doutrina Monroe posta em ação por Washington.

Além disso, análises apontaram que a Casa Branca também tem a intenção de pressionar os países latino-americanos em temas relacionados à China, o que também será predestinado ao fracasso, uma vez que a demanda mais urgente da região latino-americana é a promoção da recuperação econômica, e não o envolvimento em conflitos geopolíticos.

Na realidade, a América é dos americanos, não dos estadunidenses. O maior significado desta edição da Cúpula das Américas pode ser só o de evidenciar o fim da hegemonia unilateral dos Estados Unidos.

Tradução: Paula Chen

Revisão: Erasto Santos Cruz

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