China se opõe ao padrão duplo na não-proliferação de armas de destruição em massa
O representante permanente da China na ONU, Zhang Jun, disse ontem (31) na reunião pública sobre revisão completa da Resolução 1.540 do Conselho de Segurança que a China se opõe ao padrão duplo e abordagem seletiva na não-proliferação de armas nucleares, químicas e biológicas e resiste à erosão e esvaziamento dos tratados.
Segundo Zhang Jun, a proliferação de armas de destruição em massa e seus vetores de lançamento estão relacionados à paz, segurança e estabilidade internacionais. A Resolução 1.540 aprovada em 2004 é a primeira resolução específica do Conselho de Segurança em termo de não-proliferação de armas de destruição em massa e também um importante suporte para a comunidade internacional neste setor.
Sob os esforços globais, o consenso sobre a questão foi aprofundado continuamente. Ao mesmo tempo, o sistema antiproliferação está sendo cada vez mais aperfeiçoado e as cooperações internacionais estão sendo promovidas continuamente, como também os esforços globais contra a proliferação das armas de destruição em massa dos agentes não-estatais foram consolidados.
Porém, Zhang Jun apontou que a segurança global está passando por uma mudança profunda e complicada, e o risco e desafio da proliferação ainda existem. Como por exemplo, as questões nucleares da República Popular Democrática da Coreia e do Irã e os riscos crescentes de proliferação provocados pelo aumento da tensão na Península Coreana e no Oriente Médio. O desenvolvimento da tecnologia aumentou o risco da obtenção de armas de destruição em massa por agentes não-estatais, especialmente por terroristas. Além disso, o unilateralismo e o padrão duplo estão sobressaindo o lado injusto e irracional do sistema antiproliferação internacional, fazendo com que a utilização pacífica da tecnologia dos países em desenvolvimento seja limitada.
Acerca dos problemas mencionados, Zhang Jun sugeriu que é preciso persistir no multilateralismo verdadeiro, fortalecer o sistema antiproliferação, garantir o direito de todos os países de utilizar a tecnologia de forma pacífica e promover profundamente o processo de revisão completa das resoluções.
Tradução: Nina Niu
Edição: Diego Goulart