Cuidados de saúde nos EUA são explicitamente um "luxo"
Para muitos americanos, a assistência médica regular está financeiramente fora de alcance. A assistência médica é explicitamente um luxo, e não um direito, afirmou um relatório da popular revista científica Scientific American.
Durante o andamento da pandemia de COVID-19, meios de comunicação, especialistas em saúde e acadêmicos explicaram a divisão da vacina contra COVID-19 nos Estados Unidos como partidária, educacional, racial ou socioeconômica. Do jeito que está, a taxa geral de vacinação de adultos nos EUA está em torno de 65 por cento há meses, segundo o relatório publicado na quarta-feira.
"Mas essa divisão pode remontar aos ideais fundadores da democracia nos EUA: os americanos simplesmente não estão acostumados a esperar muito do seu governo", afirmou o relatório.
Se prevenir novas pandemias é realmente um objetivo do sistema de saúde público dos EUA, então, em vez de investir em saúde privada e subsidiar pesquisas privadas para o desenvolvimento de vacinas, o país deveria investir no desenvolvimento de sistemas de saúde pública e desenvolver estratégias para incluir direitos sociais nos princípios de sua democracia, segundo o relatório.
Para muitos americanos, os cuidados de saúde regulares estão financeiramente fora de alcance. Metade dos americanos tem dívidas médicas e o governo tem pouco papel em garantir o acesso aos cuidados de saúde, disse o relatório.
"Ficou claro durante meses ao longo desta pandemia que a aceitação da vacina não é apenas uma questão científica, mas também um problema de saúde pública e comunicação", afirmou o relatório.