Adesão da Finlândia e da Suécia à Otan leva à instabilidade na Europa
O presidente finlandês, Sauli Niinist, e a primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson, realizaram nesta terça-feira (17) uma coletiva de imprensa conjunta e anunciaram que começam hoje (18) a solicitação oficial para adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Antes, o secretário da aliança militar, Jens Stoltenberg, manifestou “boas-vindas” ao pedido da Finlândia e da Suécia.
Ao fazer uma retrospectiva, nota-se que a Finlândia permaneceu neutra por mais de 70 anos e a Suécia, 200 anos. A opção por abrir mão de sua neutralidade neste momento crucial irá trazer instabilidade e incerteza à configuração da segurança do continente europeu, formada após a Segunda Guerra Mundial.
O especialista da Escola de Negócios da Universidade de Estocolmo, Tony Fang, prevê que "o Mar Báltico pode se tornar a vanguarda da disputa Otan-Rússia e aumentará o risco do envolvimento da Suécia e da Finlândia em um conflito militar”.
Por sua vez, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que não considera a adesão da Finlândia e da Suécias à Otan como uma ameaça direta. Mas caso a organização estenda suas instalações militares para esses dois países, “a Rússia responderá apropriadamente”, alertou Putin.
Tradução: Isabel Shi
Revisão: Diego Goulart