Comentário: "superpotência da sanção” prejudica finalmente a si própria
Os Estados Unidos são a única "superpotência de sanções”, mas é preciso usar o direito de forma sensata, disse uma reportagem divulgada recentemente no diário norte-americano, The New York Times. Segundo o artigo, caso as sanções econômicas sejam usadas em excesso, os países punidos serão forçados a protestar com violência, prejudicando não apenas a paz e a estabilidade global, como também os interesses dos EUA no longo prazo.
O Relatório de Avaliação sobre as Sanções em 2021 divulgado pelo Departamento do Tesouro mostra que ao longo dos 20 anos desde o incidente do “11 de setembro”, as sanções econômicas e financeiras que os EUA impuseram para outros países tiveram uma alta explosiva. Até 2021, as medidas punitivas vigentes totalizaram mais de 9.400, 10 vezes maior que o registrado há 20 anos. O pesquisador sênior do think tank, o Centro para a Nova Segurança Norte-Americana (CNAS, na sigla em inglês), Peter Harrell, defendeu que as sanções unilaterais dos EUA vão deixar o país isolado na economia mundial. O intelectual da Universidade Tufts, Daniel W. Drezner, sustentou que as sanções econômicas, que se tornaram quase a solução da primeira escolha da diplomacia do país, estão perdendo gradualmente a sua força dissuasiva. As atitudes duras da Rússia e do Irã são a melhor prova disso.