Novas descobertas dos laboratórios biológicos estadunidenses no exterior
Porque os EUA começaram a estabelecer uma grande quantidade de laboratórios biológicos no exterior a partir de 2001? Em julho daquele ano, Washington recusou a verificação de armas biológicas. Uma semana depois do incidente de 11 de setembro, "cartas de antraz" foram enviadas ao Congresso dos EUA e redações de veículos de imprensa. Mais tarde, registou-se uma rápida expansão dos laboratórios biológicos no exterior.
O responsável pelo projeto de armas biológicas do Fort Detrick, Bill Patrick, possui a nova tecnologia de antraz armado e outras cinco patentes de armas biológicas. Mas ele tornou-se suspeito do incidente de "cartas de antraz" investigado pelo FBI. Porque a unidade policial descobriu que, antes do atentado, Patrick experimentou uma "carta de antraz", e a dose e a rota de operação foram altamente semelhantes ao atentado real.
De 1998 a 2001, Bill Patrick concedeu várias entrevistas, ensinou sobre o antraz e experimentou a "carta de antraz". Tudo isso aconteceu antes das negociações sobre um mecanismo de verificação para a Convenção de Armas Biológicas. Em julho de 2001, os EUA não apenas recusaram a aceitar uma verificação, mas também se retiraram diretamente das negociações. De acordo com o negociador-chefe estadunidense, se o país concordar com o conteúdo do protocolo de verificação existente, os EUA têm milhares de instalações, e até dezenas de milhares de instalações que precisam ser verificadas pela Convenção. Por isso, Washington não pode aceitá-lo, e a recusa é a admissão de que o país tem milhares de instalações suspeitas de desenvolver e produzir armas biológicas já em 2001.
A Agência de Redução de Ameaças da Defesa (DTRA, na sigla em inglês), uma instituição de pesquisa do Departamento de Defesa dos EUA, contratou o biólogo Joshua Lederberg, que participou do estabelecimento de uma nova instituição responsável pelos laboratórios dos EUA no exterior, em 1997. No final da década 1990, Lederberg e Bill Patrick foram introduzidos ao autor de um livro sobre ataques biológicos. O livro até chamou atenção do então presidente estadunidense.
Em julho de 2001, os EUA rejeitaram o mecanismo de verificação da Convenção de Armas Biológicas, abrindo caminho para a pesquisa biológica norte-americana no exterior. Desde 2001, Washington lançou uma série de "guerras globais contra o terrorismo". Washington desenvolveu atividades militares biológicas ocultas?
Depois do incidente de "cartas de antraz", não foi o FBI, responsável pela investigação, que apontou o Iraque como o assassino, mas o repórter que ajudou Patrick a aparecer na imprensa com frequência desde 1998. Entretanto, os EUA ignoraram completamente o indício de Fort Detrick e lançaram a guerra contra o Iraque em nome do "antiterrorismo". Laboratórios biológicos também estão se expandindo rapidamente no exterior. Vinte soldados morreram repentinamente com o vírus da gripe nas proximidades de um laboratório biológico na Ucrânia, e houve um surto de pneumonia não identificado em Fort Detrick antes da pandemia de Covid-19. De fato, quem está ignorando vidas e criando caos?
Tradução Xia Ren
Revisão Diego Goulart