Vacinas ainda protegem contra novas variantes da COVID-19, diz OMS
Especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) enfatizaram nesta quarta-feira que as vacinas ainda são altamente eficazes contra a COVID-19, mesmo com as novas variantes da doença emergentes na África do Sul e nos Estados Unidos.
Os dados da OMS mostram que os casos globais da COVID-19 estão em declínio contínuo, com mortes semanais relatadas em seu nível mais baixo desde março de 2020. No entanto, o diretor-geral da Organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou em uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira que essas tendências não dizem a história completa.
"Impulsionadas pelas subvariantes da Ômicron, estamos vendo um aumento nos casos relatados nas Américas e na África. Os cientistas sul-africanos que identificaram a Ômicron no final do ano passado relataram agora mais duas subvariantes dela, BA.4 e BA.5, como a razão para um aumento nos casos na África do Sul", disse ele.
"É muito cedo para saber se essas novas subvariantes podem causar doenças mais graves do que outras subvariantes da Ômicron, mas dados iniciais sugerem que a vacinação continua protegendo contra doenças graves e morte", acrescentou.
De acordo com Maria van Kerkhove, do Programa de Emergências de Saúde da OMS, a BA.4 e a BA.5 foram detectadas em vários países. A OMS ainda está avaliando a gravidade das duas novas variantes.
No entanto, van Kerkhove disse que ainda não é possível confirmar se BA.4 e BA.5 resultaram em aumento de hospitalizações, pois qualquer aumento nos números pode ser devido a um aumento geral no número de casos na África do Sul. No entanto, ela enfatizou: "as vacinas ainda funcionam incrivelmente bem para a prevenção de doenças graves e morte".
Ela também pediu que o monitoramento e o teste de COVID-19 continuem para que a OMS possa fornecer ao público as informações e conselhos mais precisos possíveis.