Os países de língua portuguesa intensificam relações com China
Neste âmbito, o chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), Ho Iat Seng, e o diretor do Gabinete de Ligação do Governo Popular Central na RAEM, Fu Ziying, procederam à criação formal do Centro de Intercâmbio da Prevenção Epidêmica China-Países de Língua Portuguesa, em Macau, para desenvolver a cooperação no setor de saúde entre a China e os países de língua portuguesa, através de diversas ações de formação e intercâmbio, de modo a potenciar a resposta conjunta às epidemias.
De forma a ampliar a ação do Fórum Macau e a sua capacidade de desenvolvimento econômico, os ministros dos países participantes nesta Reunião Extraordinária aprovaram a adesão oficial da República da Guiné Equatorial ao Fórum de Macau, como o 10º país integrante.
Também na gestão de produtos e investimentos financeiros chineses e macaenses, se revela um aumento do interesse chinês nos países de língua portuguesa, segundo o diretor-geral adjunto da sucursal do Banco da China em Macau, Cai Chun Yan. Neste contexto, a Associação de Bancos de Macau (ABM) decidiu em 2022 criar uma aliança com os bancos dos países de língua portuguesa, com os objetivos de “melhorar as ligações de Macau com a parte continental da China e os países de língua portuguesa e tornar-se uma plataforma de serviços financeiros”.
O comércio entre a China e os países de língua portuguesa ultrapassou US$ 100 bilhões em cinco anos consecutivos e, em 2021, ultrapassou os US$ 200 bilhões, representando um aumento homólogo de 38,41%, demonstrando a resiliência e o potencial da cooperação, segundo o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang. As importações da China dos países de língua portuguesa em 2021 foram de US$136,134 mil milhões, um aumento homólogo de 33,53%, enquanto as exportações da China para essas nações foram de US$64,814 mil milhões, um aumento homólogo de 49,9%. Estes dados das alfândegas comprovam, mais uma vez, a mentira do argumento do governo dos EUA e de alguns países europeus, segundo o qual a China estende a armadilha da dívida pública aos países com quem negoceia. Mais uma vez, em 2021, a vantagem global para os cofres das alfândegas dos países de língua portuguesa foi de US$71,32 mil milhões.
O Fundo de Cooperação e Desenvolvimento entre a China e os países de língua portuguesa foi criado (em junho de 2013) com o capital total de US$ 1 bilhão, pelo Banco de Desenvolvimento da China e pelo Fundo de Desenvolvimento Comercial e Industrial de Macau. Segundo o conselho diretivo deste fundo, até 2022, já tinham sido aprovados cerca de US$ 4 bilhões, correspondentes a investimentos em mais de 20 projetos a realizar nos países de língua portuguesa, por parte de empresas privadas chinesas. Cobrindo áreas tão diversas como agricultura, indústria, energia, infraestruturas e serviços financeiros.
Concordamos com o governo da China e de vários primeiros-ministros que afirmaram a necessidade de continuar a aprofundar as relações econômicas e culturais entre os países de língua portuguesa e a China, bem como ampliar o número de nações e de projetos a serem financiados pelo Fundo de Cooperação e Desenvolvimento entre a China e os países de língua portuguesa.