China deseja fortemente fim da guerra na Ucrânia, afirma representante chinês na ONU

O Conselho de Segurança das Nações Unidas realizou nesta terça-feira (5) uma reunião aberta sobre a situação na Ucrânia. O representante permanente da China na ONU, Zhang Jun, explanou o posicionamento chinês sobre o assunto e salientou a expectativa ansiosa da comunidade internacional e o forte desejo da parte chinesa pela promoção o mais cedo possível da desescalada da situação na Ucrânia, do cessar-fogo e do fim da guerra.

Zhang Jun afirmou que o diálogo e as negociações são a única saída para a paz e que a comunidade internacional precisa criar condições e um ambiente favorável para as negociações entre a Rússia e a Ucrânia, abrindo espaço para a solução política da questão.

Segundo o representante, a China presta alta atenção à questão humanitária na Ucrânia e apoia todas as iniciativas e medidas que ajudarão a aliviar a crise humanitária no país. Além disso, a China forneceu e continuará provendo auxílios humanitários à Ucrânia e seus países vizinhos.

Zhang Jun afirmou que reportagens e imagens sobre a morte de civis na cidade de Bucha incomodam o mundo e que é preciso averiguar as circunstâncias e razões detalhadas do incidente. De acordo com o representante, acusações devem ser baseadas em fatos. As partes necessitam manter a calma e evitar censuras infundadas antes de chegar a uma conclusão.

Zhang Jun apontou que sanções não são um meio efetivo para solucionar a questão, mas acelerarão o transbordamento da crise e trarão novos problemas. Ele apelou às principais economias mundiais para que assumam sua responsabilidade e controlem o risco de repercussões, além de salvaguardar a estabilidade do mercado global e a recuperação da economia mundial.

O representante também apelou aos Estados Unidos, à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e à União Europeia para que iniciem um diálogo abrangente com a Rússia e enfrentem as contradições acumuladas ao longo de vários anos, a fim de encontrar soluções e promover a construção de um quadro de segurança regional equilibrado, eficiente e sustentável.

Tradução: Joaquina Hou

Revisão: Diego Goulart