Cúpula da UE reforça autonomia estratégica diante da crise na Ucrânia
A reunião informal dos líderes da União Europeia terminou nesta sexta-feira (11) na França com a Declaração de Versalhes. Devido ao conflito entre a Rússia e Ucrânia, a cúpula deixou de discutir o novo modelo de crescimento e investimento e focou nos impactos da atual crise para a política e economia europeia.
Os países do bloco chegaram ao consenso de fortalecer a capacidade da defesa, aumentar a independência do uso de energias, e a promoção do crescimento econômico. Analistas apontaram que tais medidas mostram o compromisso do bloco para reforçar sua autonomia estratégica.
Quanto à adesão da Ucrânia à UE por meio do processo especial solicitado pelo presidente Volodymyr Zelensky, 27 membros da UE rejeitaram a possiblidade dessa proposta. Mas assinalaram que o grupo aprofunda mais a parceria com Ucrânia.
Já as sanções impostas à Rússia causam questões de segurança energética em vários países europeus e dividem opinião da UE. A Polônia e os três Estados bálticos exigiram que a UE adote o embargo ao gás e petróleo russo, enquanto países que mais dependem da oferta russa como Alemanha, Áustria, Finlândia e Hungria, enfatizam que “a porta não pode se fechar numa noite só”. Mas os líderes do bloco concordaram em reduzir a compra de gás natural, petróleo e carvão da Rússia o mais rápido possível.
Através da Declaração de Versalhes, a UE pediu ainda que os países aumentem decididamente o investimento na defesa nacional e inovações tecnológicas. Porém, os membros discordaram sobre a fonte deste apoio financeiro.
Tradução: Isabel Shi
Revisão: Gabriela Nascimento