Comentário: Solução política é a saída da crise ucraniana
As forças armadas russas iniciaram nesta quinta-feira (24) uma “operação militar especial” contra a Ucrânia que visa “desmilitarizar” o país. Mais tarde, a Ucrânia anunciou o rompimento das relações diplomáticas com o país vizinho, enquanto nações ocidentais adotaram sanções contra a Rússia. A comunidade internacional mostra amplas preocupações com relação aos conflitos entre os dois países e apela cada vez mais por uma solução política da crise.
Analistas acreditam que os Estados Unidos e outros países ocidentais são inevitavelmente responsável pelos atuais conflitos. Os Estados Unidos e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) afirmaram, por um lado, que não enviarão forças armadas para a Ucrânia, mas, por outro lado, anunciaram o envio de armas e tropas adicionais para “proteger” os chamados aliados da organização. Essas ações poderão complicar a conjuntura regional. Nesta sexta-feira (25), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez a seguinte afirmação: “defendemos sozinhos a nossa pátria enquanto a mais poderosa força do mundo (o Ocidente) se mantém na expectativa”. O líder acredita que o Ocidente abandonou totalmente a Ucrânia.
Conflitos militares não são a melhor escolha neste momento de propagação da pandemia e de recuperação econômica mundial. A maioria dos países, incluindo a China, apela por uma solução política. Além disso, observadores notaram que a Rússia e a Ucrânia não fecharam as portas para negociações. Zelensky afirmou que a Ucrânia não teme negociar com a Rússia sobre a segurança e a neutralidade do país. O secretário de Imprensa da Presidência russa, Dmitry Peskov, afirmou nesta sexta-feira (25) que notou a vontade da Ucrânia de negociar e considera isso como algo positivo.
Na verdade, a Rússia e a Ucrânia possuem conexões inseparáveis. A comunidade internacional espera que as duas partes possam mostrar comedimento, evitar quaisquer escaladas dos conflitos e procurar a saída da crise por meio de negociações.
Tradução: Joaquina Hou
Revisão: Erasto Santos Cruz