Realizado fórum online para promover interação entre produtores audiovisuais chineses e brasileiros
O fórum online Panorama China Brasil --- Interação entre países: pontes culturais foi realizado na quinta-feira (24) por videoconferência. Coorganizado pelo Grupo de Mídia da China (CMG, sigla em inglês) e o Grupo Box Brazil, o evento contou com a participação de mais de 60 funcionários, produtores e estudiosos audiovisuais chineses e brasileiros. Os participantes debateram a promoção da integração e troca de conhecimentos, o intercâmbio cultural através do audiovisual como ponte para aproximação de culturas e a co-produção internacional para uma maior integração entre Brasil e China.
Para a cônsul-geral da China em São Paulo, Chen Peijie, a diversidade das civilizações é uma força incessante para o progresso do ser humano. O produto audiovisual vem desempenhando um papel importante no intercâmbio cultural e aprendizagem mútua. Ela pediu que a China e o Brasil se inspirem nas próprias civilizações em busca de sabedoria e soluções e se unam para enfrentar desafios em comum.
Já para a secretária de Cultura do Rio Grande do Sul, Beatriz Araújo, a China passou por extensos períodos históricos, a história antiga e a história imperial, até chegar à história moderna, um país que traz dentro de si, um longo caminhar da humanidade oriental, uma cultura que tem muito a lhes ensinar. A China está disposta às trocas culturais com o jovem território brasileiro, sua história e cultura e “é necessário que estejamos abertos às culturas que não construíram o nosso processo de colonização inicial, mas que tem muito a nos ensinar”.
O presidente do Grupo Box Brazil, Cícero Aragon, tomou o exemplo do Festival Passaporte Prime, programa de exibição de filmes e séries chinesas no Brasil, uma parceria entre o grupo Box Brazil e o CMG, para esclarecer que a caminhada se tornou um sucesso para o lado brasileiro. “Tivemos mais de 2.000% de aumento na nossa audiência no horário onde foram exibidos os conteúdos chineses, isso mostra claramente que o Brasil deseja ver as produções audiovisuais chinesas”, afirmou Aragon. “Temos muito ainda a caminhar e também estamos aprendendo com essa parceria a darmos passos mais sólidos e consistentes para construirmos um caminho juntos”, disse.
A diretora do Centro de Dublagem de TV e Cinema do CMG, Wang Lu, destacou que, como veículo cultural e linguagem artística, o cinema e a televisão são mais propensos a romper as fronteiras, tempo e nações, e têm um enorme apelo e influência, permitindo que pessoas de diferentes nacionalidades, idiomas e culturas se aproximem e se conheçam.
Entre os palestrantes, estavam o presidente da Fundacine do Rio Grande do Sul, Beto Rodrigues, e o gerente de projetos da Bravi, gerente executivo do Brazilian Content, Soussumi que falaram das suas experiências e vantagens de co-produção internacional.
(Por Zhu Jing, Diego Goulart)