Comentário: Políticos estadunidenses ousariam convidar famílias das vítimas afegãs para falar na “Cúpula da Democracia”?
Em agosto deste ano, tropas estrangeiras lideradas pelos Estados Unidos abriram fogo indiscriminadamente contra civis após serem bombardeados no Aeroporto Internacional de Cabul. Neste ocorrido, Zemarai Qurbanzada perdeu seu filho.
A matança indiscriminada de inocentes pelos militares estadunidenses no Afeganistão ainda não foi reivindicada. Assim surgiu uma pergunta: Políticos estadunidenses ousariam convidar familiares das vítimas afegãs para falar na “Cúpula da Democracia”?
O Afeganistão, país onde os EUA impuseram uma "transformação democrática" e depois o abandonaram, não foi convidado para a “Cúpula da Democracia”. O ato de Washington demonstra que a “democracia” que os EUA vendem no exterior é apenas um disfarce para uma intervenção militar e que os participantes convidados por Washington são coadjuvantes bem selecionados para esta farsa.
Se os EUA realmente querem falar sobre a democracia e os direitos humanos, deveriam convidar as famílias das vítimas afegãs a comparecerem, para que o mundo possa conhecer o que a “transformação democrática” de duas décadas imposta por Washington trouxe para o Afeganistão.
De acordo com dados divulgados pela organização de pesquisa britânica Airwars, nos últimos 20 anos, o número de mortes de civis causado por ataques aéreos militares dos EUA foi de pelo menos 22.000. Para incontáveis mortes de civis causadas pelos EUA, não houve desculpas e nenhum soldado americano assumiu responsabilidade.
Os EUA usaram seus próprios padrões para instigar abertamente a divisão e o confronto, o que obviamente é uma blasfêmia e uma distorção do significado original de democracia.
Tradução: Xia Ren
Revisão: Erasto Santos Cruz