Comentário: Padrão duplo dos EUA no combate antiterrorista prejudica todos
A Guerra do Afeganistão lançada pelos EUA terminou com um fracasso antes do 20º aniversário do Incidente de 11 de Setembro. Por que essa “guerra antiterrorista”, que durou 20 anos, gastou mais de US$ 2 trilhões e causou mortes e ferimentos a mais de 20 mil soldados norte-americanos, teve uma derrota completa?
Alguns analistas apontaram que uma das razões principais foi que os EUA abordaram a questão antiterrorista totalmente a partir dos próprios interesses e ignoraram as demandas de outros países e regiões, adotando padrões duplos ao julgar as ações terroristas.
Antes de enviar tropas aos países como Afeganistão e Iraque, os políticos norte-americanos já haviam pensado em combinar o combate contra o terrorismo com as metas de promover sua própria hegemonia e até subverter as administrações de outros países.
Esse tipo de “guerra antiterrorista” com a inserção de objetivos próprios, de fato, agravou a turbulência nos países e regiões em questão, causando grandes perdas humanas e econômicas nestes lugares.
Veículos de imprensa de alguns países revelaram que, para concretizar suas metas geopolíticas no Oriente Médio, os EUA “mantiveram cooperação” com organizações terroristas na Síria e Iraque, oferecendo assistências materiais e militares a elas.
O famoso economista e diretor do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Colômbia nos EUA, Jeffrey D. Sachs, assinalou que o mundo ocidental, sobretudo os EUA, deve assumir grande responsabilidade pelo fortalecimento do Estado Islâmico.
Outra conduta perigosa dos EUA é que o país dividiu sua frente com base nas diferenças ideológicas e no pensamento de Guerra Fria, sob a alegação de “guerra antiterrorista”.
Nos últimos anos, com o reforço do impedimento estratégico norte-americano para a China, a luta contra o terrorismo se tornou uma ferramenta política do país para as concorrências de grandes potências. Os políticos dos EUA ignoram os crimes cometidos por terroristas em Xinjiang, mas difamam as políticas antiterroristas chinesas sob os pretextos de “direitos humanos” e “religião”.
O terrorismo é um inimigo comum de toda a humanidade. Os EUA, que sofreram o ataque terrorista de 11 de setembro, deveriam entender melhor do que ninguém que o aumento da confiança política e de consensos entre os países é realmente o caminho correto para essa causa.
Tradução: Paula Chen
Revisão: Erasto Santos Cruz