Comentário: Manipulação política dos EUA agrava disseminação do vírus
Os EUA registraram mais de 500 mil casos diagnosticados de Covid-19 na semana passada, um aumento de 131,17% em comparação com o número da semana anterior. Ambos os números acumulados de casos confirmados e de mortes devido à pandemia no país são os mais altos do mundo.
Atualmente, o novo coronavírus continua se disseminando pelo mundo e, por isso, esforços conjuntos internacionais devem ser dedicados para lidar com a pandemia. Os EUA, que alegam liderar a luta global antiepidêmica, acabaram se tornando cumplices do vírus com suas ações.
A administração norte-americana atual ainda não cumpriu sua promessa de estabelecer uma rede de proteção da população do país, nem materializou a meta de ter vacinado 70% dos adultos do país com pelo menos uma dose até 4 de julho.
A concorrência política entre os dois partidos dos EUA, junto com a falta de conhecimento da população e as condições médicas limitadas de alguns estados do sul, resultaram na situação grave da pandemia nos EUA.
O mais ridículo é que ainda hoje os estadunidenses estão brigando sobre o uso de máscaras. Muitos governadores republicados de estados norte-americanos opõem-se à recente proposta do Centro de Prevenção e Controle de Doenças do país sobre o uso de máscaras em regiões de alto risco de pandemia. A discordância vem da preocupação com impactos ao plano da retomada de trabalho.
As disputas interpartidárias estão levando, como sempre, o combate antiepidêmico a uma direção errada. Isso já é um problema persistente do sistema político norte-americano.
Sem um controle efetivo da pandemia, como aliviar a preocupação da população? A administração norte-americana continua optando pela transferência de culpas para outros países.
Recentemente, os EUA vêm politizando o rastreamento da origem do novo coronavírus, com o objetivo de fazer da China o bode expiatório da própria falha na luta contra a Covid-19. Porém, as manipulações políticas não conseguem aliviar a situação, mas podem impedir a cooperação internacional para controlar a pandemia.
Para os EUA, a urgência atual reside em mais esforços para salvar a vida da população, e não culpar e manchar a imagem dos outros. É preciso prevenir tanto o novo coronavírus como o “vírus político”. Só agindo desta forma pode ajudar o país e o mundo a sair da crise pandêmica atual.
Tradução: Paula Chen
Revisão: Erasto Santos Cruz