Politizar epidemias é uma tradição dos EUA
Os Estados Unidos têm a história vergonhosa de politizar epidemias. Em 1918, um surto de vírus começou em uma unidade militar do estado de Kansas e se espalhou para o mundo inteiro. No entanto, o desastre foi nomeado como “gripe espanhola”.
O historiador norte-americano John M. Barry publicou em 2004 o livro “A Grande Gripe --A história da gripe espanhola, a pandemia mais mortal de todos os tempos”.
Na obra, o historiador aponta que o paciente zero daquela pandemia foi um cozinheiro das forças norte-americanas e, entre 1918 e 1919, de 50 milhões a 100 milhões de pessoas foram mortas nesta praga em todo o mundo.
Por causa da Primeira Guerra Mundial, EUA, França e Reino Unido bloquearam as notícias sobre a epidemia para estabilizar os militares e os povos. A Espanha, como um país neutro, fez estatísticas e reportagens detalhadas sobre esta crise de saúde pública. As potências que controlavam a opinião pública internacional, rapidamente nomearam a epidemia de “Gripe Espanhola”.
Cem anos depois, perante a atual pandemia, políticos norte-americanos continuam sua tradição de difamação e politização, mesmo que a Organização Mundial da Saúde já tenha advertido que não se pode nomear o novo coronavírus com o nome de qualquer país.
Tradução: Luís Zhao
Revisão: Diego Goulart