Comentário: Acúmulo de vacinas é um ato injusto
Recentemente, a NBC dos Estados Unidos publicou um artigo, revelando que os EUA, Canadá, Reino Unido e outros países desenvolvidos poderão açambarcar vacinas muito além do que suas populações e os países pobres poderão sofrer com isso.
Os dados mostram que a população dos países desenvolvidos ocupa 14% da população total no planeta, mas eles já encomendaram mais da metade de todas as vacinas contra o Covid-19. Por exemplo, o Canadá já comprou cinco vezes mais o número de vacinas necessário para a sua população. A diretora-executiva do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), Winnie Byanyima, criticou que todas as vacinas da Moderna e 96% da Pfizer, ambas de empresas norte-americanas, já foram compradas por países ricos.
Por outro lado, nos 67 países de baixa renda, como o Quênia, Mianmar, Nigéria, entre outros, apenas 10% das pessoas poderão ser vacinadas até o final de 2021. O diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da África, John Nkengasong, reclamou que esta não é a primeira vez que a África foi ignorada no fornecimento de medicamentos.
Perante a maior crise de saúde pública da história do ser humano, a acumulação de vacinas é totalmente um ato injusto que viola os deveres que os países desenvolvidos devem assumir e mostra o egoísmo dos políticos ocidentais.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, já alertou em setembro deste ano que para combater a pandemia, a vacinação de algumas pessoas em todos os países é muito mais eficaz do que todas as pessoas de alguns países serem vacinas. Agora, as vacinas ainda não são suficientes para todo mundo, por isso, a distribuição razoável é muito importante. Portanto, a ordem “América em primeiro lugar”, assinada pelo líder estadunidense em relação ao uso de vacinas, sofreu a crítica do fundador do Windows, Bill Gates, que disse que essa é uma ação muito egoísta.
A China é um dos países líderes na pesquisa de vacinas contra o Covid-19 e persiste sempre na justiça da distribuição das vacinas. No dia 23, o Instituto Butantan de São Paulo, no Brasil, anunciou que a vacina CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório privado chinês Sinovac Life Science, atingiu um índice de eficácia superior ao mínimo recomendado pela OMS nos testes com cerca de 13 mil voluntários brasileiros. Esse é mais um reconhecimento na arena internacional sobre as vacinas chinesas.
Vale ressaltar que a pandemia é como a mudança climática que não é um problema que só um país pode resolver, pelo contrário, é preciso ter a união de todos os países do mundo.
Tradução: Luís Zhao
Revisão: Gabriela Nascimento