Comentário: “Cinco persistências” ajudam BRICS a permanecer no rumo certo
"Estamos todos no mesmo barco. Quando o vento estiver forte e a maré estiver alta, precisamos remar juntos ao rumo e no ritmo certos [...]" Essa afirmação é do líder chinês, Xi Jinping, no seu discurso em vídeo na 12ª Cúpula do BRICS. Na ocasião, ele apresentou “cinco persistências” para os países-membros do BRICS promoverem a cooperação no combate à pandemia.
No momento, as grandes mudanças mundiais inéditas em um século se sobrepõem à pandemia, o que levou ao aumento dos déficits de governança, confiança, desenvolvimento e paz global. Alguns meios de comunicação ocidentais alegaram, mais uma vez, o chamado "desvanecimento do BRICS", tentando impactar a confiança no mecanismo de cooperação do BRICS.
Em resposta, Xi Jinping disse que o tema de paz e desenvolvimento dos tempos atuais não mudou, e a tendência de multipolarização e globalização econômica é irreversível. Essa conclusão é uma garantia para o fortalecimento da cooperação entre os países-membros do BRICS.
Então, como fortalecer a cooperação na nova conjuntura? Xi Jinping propôs a adesão ao multilateralismo, solidariedade, cooperação, abertura e inovação, prioridade para a subsistência da população, desenvolvimento verde e de baixo carbono, além da oposição ao unilateralismo, estigmatização e protecionismo.
Alguns políticos estadunidenses aproveitam a pandemia para conduzir bullying unilateral e “jurisdição de braço longo”, interferindo nos assuntos internos de outros países e violando os direitos e interesses legítimos dos mercados emergentes e países em desenvolvimento. Xi Jinping destacou que os países do BRICS devem defender a equidade e a justiça internacionais e criar um ambiente de desenvolvimento pacífico e estável.
Desde o surto da pandemia, alguns políticos estadunidenses politizaram a epidemia, fazendo todo o possível para fugir de suas responsabilidades e minar a cooperação global na luta contra o COVID-19. Em resposta, Xi Jinping propôs substituir as divergências pela unidade, eliminar o preconceito com a racionalidade, acabando com o “vírus político”.
Afetada pela epidemia e outros fatores, o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a economia mundial encolherá 4,4% este ano, e os países emergentes e os em desenvolvimento terão o seu primeiro crescimento negativo em 60 anos.
Em seu discurso, Xi Jinping apelou pela construção inabalável de uma economia mundial aberta e pelo fortalecimento da cooperação em inovação científica e tecnológica, anunciando a criação de uma base de inovação para a parceria da Nova Revolução Industrial do BRICS em Xiamen. Essa prática não só ajudará os países-membros do BRICS a alcançar um desenvolvimento mais resistente e de maior qualidade, mas também dará um novo impulso na recuperação e no desenvolvimento da economia mundial.
Tradução: André Hu
Revisão: Gabriela Nascimento