Comentário: aliados europeus têm divergência cada vez maior com os EUA
Sob a liderança dos Estados Unidos, o G7 já realizou mais de 20 rodadas de negociações nos últimos quatro meses para tentar promover reformas da Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, dias atrás, a Alemanha e a França retiraram-se das negociações, por causa das exigências demasiadamente rigorosas e muito imprudentes dos EUA.
Esta notícia está cheia de “humor negro”. Os EUA já decidiram sair da OMS, mas ainda estão tentando orientar as reformas da entidade. A Reuters comentou que a Casa Branca não parou de pressionar a OMS, a fim de desviar a atenção sobre suas falhas na luta contra a pandemia e conseguir mais votos nas eleições presidenciais que chegarão em menos de três meses.
Depois de o governo Trump tomar o poder norte-americano, as divergências entre os EUA e seus aliados europeus estão cada vez maiores, uma vez que Washington ameaçou aplicar sanções contra o projeto de gasoduto de gás natural “The Nord Stream 2 Pipeline”, retirou tropas da Alemanha, promoveu uma nova Guerra Fria contra a China, suspendeu o financiamento à OMS e se retirou da entidade, entre outros casos.
A França e a Alemanha saíram das negociações lideradas pelos EUA sobre as reformas da OMS, demonstrando que, dentro do mundo ocidental, há uma diferença cada vez maior no julgamento de valores e na maneira de agir perante as grandes crises globais. Os principais países europeus acreditam que o multilateralismo é necessário na resposta aos desafios mundiais, como a pandemia. Mas os EUA querem manter sua hegemonia.
Recentemente, os EUA tentaram realizar uma cúpula do G7 na qualidade de anfitrião. Porém, a chanceler alemã, Angela Merkel, disse que não vai participar do evento. O site “Modern Diplomacy” publicou um artigo, analisando que as divergências e os problemas entre os EUA e a Europa complicaram sua aliança.
Tradução: Luís Zhao
Revisão: Gabriela Nascimento