Comentário: O que está por trás da saída da França e da Alemanha das negociações da OMS

Published: 2020-08-11 17:16:37
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A agência de notícias Reuters informou que a França e a Alemanha se retiraram das negociações referentes à reforma da Organização Mundial da Saúde (OMS) porque os Estados Unidos, apesar de ter decidido sair da OMS, ainda tentava liderar as negociações.

“Ninguém quer ser arrastado para um processo de reforma e obter um esboço da reforma feito por um país que acabou de deixar a OMS”, disse um alto funcionário europeu que está envolvido nas negociações. Para a Europa, que procura cada vez mais a independência e autodeterminação, mas acabou de sofrer uma série de traições do aliado no outro lado do Atlântico, são inaceitáveis as ações dos EUA que fogem da responsabilidade, mas querem liderar a elaboração de regras favoráveis a si próprio.

Nos últimos anos, sob a influência do unilateralismo e protecionismo, os Estados Unidos, por um lado, se retiram de organizações e mecanismos multilaterais em questões internacionais, sem considerar os interesses de aliados europeus. Poroutro lado, sustentam a estratégia “America First” desrespeitando as regras internacionais.

Além disso, diante da pandemia de Covid-19, os Estados Unidos, exemplo de país ocidental, deveria desempenhar o papel de liderança na cooperação global para combater o vírus. Mas, de fato, a situação epidêmica se agravou cada dia mais nos EUA. Recentemente, quando os casos confirmados dos EUA ultrapassaram a marca de cinco milhões, a Reuters comentou que em cada 66 norte-americanos, um foi infetado com o novo coronavírus.

Por muito tempo, os países europeus foram os aliados mais leais dos Estados Unidos em termos de governança global e livre comércio. Porém, depois que o atual governo norte-americano chegou ao poder, o egoísmo e unilateralismo se tornaram o fundamento das políticas interna e externa do país. A abordagem dos EUA de buscar seus próprios interesses à custa dos interesses de outros contraria o princípio da Europa de defender uma ordem internacional baseada nas regras e um multilateralismo eficaz. Isso se torna a principal razão pela qual as diferenças entre os EUA e a Europa são difíceis de superar.

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, afirmou dias atrás que os Estados Unidos estão destruindo todos os elementos do multilateralismo que nasceu após a Segunda Guerra Mundial. Sendo a organização de integração regional mais bem-sucedida, a própria União Europeia é um mecanismo de cooperação multilateral e a sua reputação internacional e influência geopolítica baseiam-se em regras eficazes, diálogo e consulta. Mas, agora, sob o estímulo do unilateralismo e do protecionismo sustentados pelos Estados Unidos, os pensamentos extremistas, como o populismo e a antiglobalização, surgiram e se intensificaram, constituindo um ameaça para a sobrevivência e o desenvolvimento da própria União Europeia.

tradução: Shi Liang

revisão: Diego Goulart

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