Comentário: Condutas de políticos australianos contra a China prejudicarão interesses de ambos

Fonte: CRI Published: 2020-07-04 21:50:15
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Mais de dez agentes da inteligência australiana invadiram recentemente a casa do deputado do Estado da Nova Gales do Sul, Shaoquett Moselmane, alegando uma busca por evidências de espionagem para a China. Segundo informações da imprensa australiana, Moselmane era suspeito porque havia visitado a China por várias vezes e mantém uma atitude amigável com o país asiático. Em março deste ano, ele escreveu um artigo baseado em fatos, no qual enaltece os esforços da China no combate à epidemia do novo coronavírus. Entretanto, ele foi difamado como um espião pelas forças anti-China da Austrália. Além disso, alguns jornalistas chineses no país também sofreram tratamento injusto pela polícia australiana. 

Por outro lado, foram encontrados muitos equipamentos de escuta instalados pelas autoridades australianas no edifício da embaixada da China na Austrália. Segundo uma reportagem investigativa publicada no site independente de notícias da Austrália APAC NEWS, o Instituto Australiano de Política Estratégica (ASPI, na sigla em inglês) alega ser uma organização independente, mas, na verdade, é uma instituição que divulga informações contra a China. O ASPI, que recebe apoio financeiro do Departamento de Defesa da Austrália, dos governos dos EUA e do Reino Unido e dos grandes traficantes de armas, é responsável por propagar a teoria da ameaça chinesa.

De acordo com os analistas, a Austrália parece um fantoche manipulado pelos EUA para impulsionar as políticas de contenção da China. Especialmente nos últimos anos, com o desenvolvimento rápido da China, os políticos estadunidenses, que insistem no pensamento da Guerra Fria, sentem-se muito ansiosos, tentando, assim, consolidar o controle da região Ásia-Pacífico por meio da aliança EUA-Austrália.

Neste contexto, os políticos australianos de direita sucumbiram às forças anti-China de Washington e desafiaram frequentemente a China. No início de maio, o jornal australiano The Daily Telegraph publicou um artigo, alegando que o novo coronavírus poderia ter se originado no Instituto de Virologia de Wuhan. No entanto, segundo o jornal Sydney Morning Herald, a chamada “cobertura exclusiva” é baseada em uma colcha de retalhos de reportagens públicas nas mídias.

No dia 1° de julho, a Austrália anunciou uma nova estratégia militar, planejando investir 270 bilhões de dólares australianos nos próximos dez anos para fortalecer a construção de defesa nacional e aumentar a disposição do exército na região Indo-Pacífico. Muitos analistas declararam que essa ação visa cooperar com os EUA para tentar conter a China.

De fato, a China nunca foi uma ameaça para a Austrália. Nas últimas décadas, o processo rápido de industrialização e urbanização na China criou uma grande demanda por minerais, energias e produtos agrícolas e pecuários da Austrália. Segundo os dados oficiais australianos, o valor de exportações da Austrália à China atingiu US$103,9 bilhões em 2019, registrando um crescimento de 18,3% e ocupando 38,2% do total de exportações do país. A China continuou sendo o maior parceiro comercial, destino de exportação e fonte de importação da Austrália. Pelo contrário, o unilateralismo aplicado pelas autoridades dos EUA constitui uma ameaça real aos interesses da Austrália.

Tradução: Zhao Yan

Edição: Gabriela Nascimento 

 

 

 

 

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