Comentário: Quando políticos norte-americanos podem parar de culpar outros no combate a COVID-19?
Políticos norte-americanos lançaram recentemente uma nova rodada de operações de "culpar os outros", o que torna seus roteiros "de combate à epidemia" mais ridículos e loucos. No entanto, diante da grave situação epidêmica, o defeito dos políticos americanos de não combater o COVID-19 eficazmente está ficando cada vez mais pesado. Quando é que eles voltarão à razão?
O jornal "Washington Post" publicou vários artigos recentemente, criticando o governo dos EUA por sua constante procura por um bode expiatório. A razão por trás disso, como o jornal apontou, "é uma campanha eleitoral clamando por apoio".
Diante do declínio da taxa de apoio, os políticos norte-americanos ansiosos para continuar a dar ordens na Casa Branca ficaram muito apressados, mas não conseguiram adotar nenhuma medida de socorro. Como resultado, o caótico "desejo de culpar os outros" tornou-se novamente uma jogada cruel que fizeram.
No entanto, isso pode encobrir a fraca resistência epidêmica do governo norte-americano? Podem esquivar-se da responsabilidade pela desaceleração econômica do país? As pessoas veem que estão surgindo os efeitos colaterais da retomada prematura do trabalho e da produção, desconsiderando as sugestões dos especialistas.
Nos últimos dias, o número de casos confirmados na Flórida, Texas e Arizona aumentou rapidamente. No dia 25, o governador do Texas, Greg Abbott, teve que parar com urgência a reabertura do estado. Segundo Robert Redfield, diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, no dia 25, o número real de pessoas infectadas com o novo coronavírus no país pode ser 10 vezes o número atual de diagnósticos, próximo a 25 milhões de pessoas.
Diante da situação epidêmica extremamente severa e da realidade cruel de mais de 40 milhões de desempregados, as medidas econômicas que os políticos americanos sempre falam já não são mais ouvidas. O Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional previram recentemente que a economia dos EUA pode encolher entre 6,1% e 8% este ano.
Ao mesmo tempo, os protestos contra o racismo que varreram os EUA também deixaram a Casa Branca muito preocupada. De acordo com uma pesquisa divulgada este mês pela National Broadcasting Corporation e pelo Wall Street Journal, sob o duplo ataque dos protestos epidêmicos e antirracistas, 80% dos americanos acreditam que os EUA estão fora de controle.
Infelizmente, os políticos norte-americanos sempre seguem esse caminho incorreto. Eles não refletiram sobre o arrependimento, mas reforçaram sua procura por bodes expiatórios, na tentativa de salvaguardar os interesses políticos privados.
No roteiro de "combate à epidemia" dos políticos norte-americanos, as pessoas veem a covardia que não se atreve a assumir responsabilidades, a vileza de caluniar os outros, a ignorância do senso comum e da ciência, o sangue frio que coloca os interesses políticos acima da vida e o ávido desejo de procurar o poder sem cuidar de nada. Especialmente à medida que as eleições se aproximam, esses fatores estão catalisando o ridículo e a loucura do script "de combate à epidemia" dos EUA.
Os truques de "culpar os outros" não podem resolver a propagação da epidemia. Atualmente, as opções perante o governo dos EUA já são claras: a única saída é restaurar a calma o mais rápido possível, respeitar a ciência e investir ativamente na prevenção e controle. É exatamente como o "New York Times" chamou em um editorial: "Está na hora do governo dos EUA levar essa crise a sério".
Tradução: Paula Chen
Revisão: Gabriela Nascimento