Comentário: China e UE devem formar uma parceria com maior influência global
O presidente chinês, Xi Jinping, realizou, na noite desta segunda-feira (22), uma reunião virtual com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Na ocasião, o líder chinês destacou que a China e a União Europeia (UE) devem ser duas forças principais para garantir a paz e a estabilidade internacional, dois mercados principais para incentivar a prosperidade e desenvolvimento mundial e duas civilizações principais para apoiar o multilateralismo e aperfeiçoar a administração global.
Perante os impactos da pandemia do COVID-19, as ponderações de Xi Jinping contribuirão com a elevação do relacionamento sino-europeu pós-epidêmico, a recuperação econômica mundial e a garantia do multilateralismo.
Este ano marca o 45º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e a UE. A videoconferência de ontem foi a primeira reunião formal entre o líder chinês e os novos líderes da União Europeia. As falas de Xi Jinping e os consensos alcançados entre as duas partes emitiram um sinal claro de união e cooperação.
“A China procura a paz e não a hegemonia”, “a China traz oportunidade e não ameaça” e “a China é um país parceiro e não adversário” são alguns dos trechos da fala do presidente chinês durante a reunião via internet com líderes europeus e são muito significantes para a parte europeia compreender as metas de desenvolvimento chinês.
Fatos comprovam que a China e a UE devem se apoiar e ajudar perante crises globais. Xi Jinping destacou que a China e a UE não têm conflitos de interesses básicos e suas cooperações e consensos ganham um peso muito maior do que concorrências e divergências. As duas partes devem se respeitar e procurar os pontos comuns ao manter os diferenciados, a fim de criar uma parceria estratégica integral com maior influência global.
Para estabelecer essa parceria, a China e a UE devem ser duas forças principais para garantir a paz e a estabilidade internacional, ponderar sobre o desenvolvimento da outra parte com uma visão estratégica e de longo prazo e reforçar a confiança política mútua.
A China e a UE também devem se tornar dois mercados principais para incentivar a prosperidade e desenvolvimento mundial. Xi Jinping assinalou que as duas partes devem manter a abertura recíproca de seus mercados, acelerar as negociações sobre o acordo comercial bilateral, reforçar a cooperação nos setores digitais e ambientalmente favoráveis e fortalecer a cooperação trilateral com a África.
Além disso, a China e a UE devem ser duas civilizações principais para apoiar o multilateralismo e aperfeiçoar a administração global. O apoio firme ao multilateralismo constitui um conceito compartilhado das relações exteriores de ambas as partes.
Em suma, quanto maior for a cooperação entre a China e a UE, maior será a garantia oferecida para a melhoria da administração global e da ordem internacional.
Tradução: Paula Chen
Revisão: Gabriela Nascimento