Comentário: porque Washington reprime até sua própria mídia?
Um documento recém publicado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos revelou que a Casa Branca ordenou o departamento de comunicação do CDC a recusar todas as entrevistas solicitadas pela Voice of America (VOA). Dias depois, o presidente e o vice-presidente do veículo renunciaram.
A Voice of America é considerada como a “própria filha” do governo federal dos EUA que é seu proprietário. Mas no início de abril deste ano, a agência publicou um artigo, dizendo que o isolamento de Wuhan foi uma medida eficaz tomada pelo governo chinês para controlar a epidemia. Isso causou grande raiva de “seu pai”. A Casa Branca criticou que a VOA estava fazendo propaganda para a China com dinheiro dos EUA.
Além da VOA, NBC, CNN, New York Times e Fox News também sofreram críticas dos líderes norte-americanos em função de “falar bem da China”.
De fato, os meios de comunicação ocidentais não têm o costume de reportar tópicos bons sobre a China. Ao contrário, normalmente, eles vêem o país asiático com preconceito. O que eles reportaram sobre a China na luta contra a epidemia, foi apenas falar a verdade. A repressão do governo estadunidense contra tais veículos de comunicação mostraram claramente a hispocrisia e padrões duplos dos EUA na liberdade de expressão. Para alguns políticos norte-americanos, difamar, criticar e atribuir todas as culpas à China são reportagens de verdade, se não, são Fake News.
Além disso, Washington também aproveita as redes sociais para atacar a China. O Twitter fechou nos últimos dias 170 mil contas, afirmando que elas têm relacionamento com o governo chinês e divulgaram conteúdos geopolíticos favoráveis ao país. Uma pesquisa de uma instituição australiana mostrou que, desde o fim de março de 2020, o partido republicano e as forças direitistas dos EUA organizaram algumas contas para divulgar no Twitter a conspiração de que o novo coronavírus é uma arma biológica produzida pela China em um laboratório de Wuhan.
Especialisas e funcionários norte-americanos, que defendem opiniões opostas da Casa Branca, como a médica Heln Chu; o capitão do porta-aviões “Roosevelt”, Brett Crozier, e o responsável de saúde do estado da Florida, Rebekah D. Jones, entre outros, também sofreram repressões e vinganças do governo estadunidense.
Oitenta anos atrás, o pesquisador britânico de relações internacionais, Edward Hallett Carr, já havia dito que os Estados Unidos são um mestre que usa a máscara bondosa para encobrir seus interesses nacionais egoístas. Agora, alguns políticos norte-americanos defendem seus próprios interesses, sem usar essa máscara.
Tradução: Luís Zhao
Revisão: Diego Goulart