Comentário: falem a verdade, por favor, políticos norte-americanos
Cada vez mais fatos mostram que a situação da epidemia nos Estados Unidos é mais complicada que a imaginação. Dias atrás, no condado de Santa Clara do estado da Califórnia, foi descoberto um caso de novo coronavírus cuja pessoa morreu no dia 6 de fevereiro, duas semanas mais cedo do que a data do primeiro caso fatal publicada pelo governo norte-americano. O chefe do condado, Jeff Smith, disse que o COVID-19 poderia já ter transmissão comunitária em dezembro do ano passado.
Em março deste ano, o diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, Robert Redfield, disse que alguns casos fatais da gripe ocorrida em setembro de 2019 foram de fato pacientes do novo coronavírus.
O New York Times realizou recentemente uma pesquisa, mostrando que um quinto dos cidadãos de Nova Iorque ficam com anticorpos do novo coronavírus. Esta taxa de infecção é muito maior que Wuhan, cidade chinesa que foi considerada por alguns políticos norte-americanos a origem da pandemia. Isso é um fenômeno inexplicável.
Uma outra pesquisa feita pelo Universidade de Stanford dos EUA concluiu que o verdadeiro número de infetados no país pode ser 55 vezes maior do que o dado publicado pela autoridade.
Com base nestes fatos, uma série de dúvidas nasceram naturalmente: o governo norte-americano sabia ou não quando começou a propagação do COVID-19 no país? Qual é o número exato dos casos infectados? A reação do governo de Trump foi muito atrasada ou não? A gripe em setembro do ano passado encobriu ou não a verdadeira situação do novo coronavírus nos EUA?
Perantes tantas dúvidas e preocupações, o comportamento de alguns políticos norte-americanos foi muito incompreensível. Por exemplo, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças parou de publicar dados dos casos fatais e testados no início de março. Altos funcionários de Washington ainda atribuíram todas as cuplas à China.
Este é o momento de falar a verdade, porque mentiras e estigmas não podem salvar mais vidas nos EUA.
Tradução: Luís Zhao
Revisão: Diego Goulart