Comentário: Suspensão norte-americana de verbas à OMS é injusta
Os EUA anunciaram recentemente a suspensão de verbas à Organização Mundial da Saúde (OMS) a despeito da situação severa da pandemia pelo mundo. A ação é nada boa para a resolução mundial da crise atual e é amplamente criticada pela comunidade internacional.
Após falhas e falhas em decisões, os EUA se tornaram um dos lugares com a situação mais crítica do novo coronavírus. Neste momento, a suspensão de verbas de Washington à OMS é considerada como um desvio da opinião pública e um jogo de culpas. Embora a parte norte-americana tivesse apresentado os “pecados” da OMS, as críticas do país são infundadas perante os fatos.
Primeiro, as acusações dos EUA sobre o encobrimento da disseminação do vírus são totalmente erradas. Vamos fazer uma retrospectiva sobre a resposta da OMS e dos EUA desde o surto. No dia 3 de janeiro, a China começou a reportar a situação epidêmica à organização. Dois dias depois, a OMS lançou o alerta para o surgimento de uma pneumonia sem razão identificada e começou a comunicar a evolução do surto às autoridades de saúde dos países de todo o mundo, incluindo os EUA. Em fevereiro, a OMS enviou uma equipe internacional de especialistas para inspecionar a epidemia na China.
A OMS também realizou muitas coletivas de imprensa para comunicar a situação do novo coronavírus, apresentar propostas e coordenar o combate internacional ao COVID-19.
Desde o dia 3 de janeiro, quando recebeu a reportagem da epidemia na China, até o dia 13 de março, quando decretou estado de emergência nacional, o governo norte-americano não havia dado quase nenhuma resposta efetiva à epidemia.
Segundo, os EUA criticaram a OMS por “não ter avaliado objetivamente a epidemia na China, mas defendido o país”. Os argumentos são ainda mais infundados. Na realidade, a equipe de inspeção da OMS realizou uma visita de nove dias à China em fevereiro e divulgou um relatório minucioso sobre a situação no país. O documento descreveu as medidas antiepidêmicas chinesas como as “mais corajosas, mais flexíveis e mais ativas”.
Atualmente, a China já passou da fase de controle do novo coronavírus para a recuperação da produção e vida normal. Isso comprova que as inspeções da OMS foram aprofundadas e suas avaliações foram justas e científicas.
Terceiro, a parte norte-americana acusou a oposição da OMS a proibições de viagens no início da epidemia por ser uma “decisão desastrosa”. O julgamento não foi nada justo. Como a instituição de saúde pública mais profissional e mais competente do mundo, as sugestões da OMS foram feitas com base na realidade e no Regulamento Sanitário Internacional.
As difamações e a suspensão de apoio financeiro dos EUA à OMS violam suas promessas internacionais e são condutas muito irresponsáveis. O número de casos confirmados do COVID-19 no mundo já superou os 2,15 milhões. A situação é muito crítica. A parte norte-americana deve parar de politizar a pandemia e se unir com os outros países para combater o novo coronavírus.
Tradução: Paula Chen
Revisão: Gabriela Nascimento