Derrotado o sofisma da Casa Branca de culpar outros no combate a COVID-19
Em frente da rápida propagação do novo coronavírus (COVID-19), o governo do presidente norte-americano, Donald Trump, tem usado outros como bode expiatório para encobrir sua própria responsabilidade acerca da falha de controle e prevenção do surto. Até as principais mídias do país, inclusive a CNN e o New York Times, refutaram o argumento falacioso da Casa Branca.
Não sabiam da gravidade do COVID-19?
No início de março quando os casos confirmados do COVID-19 aumentaram de maneira assustadora, o governo federal dos Estados Unidos começou a acusar a China de divulgar informações atrasadas sobre a evolução da doença, com vista a desviar a atenção da sua reação lenta e medidas ineficazes no administração da crise epidêmica.
Porém, o fato é que no dia 3 de janeiro a China já havia informado Washington do risco do novo coronavírus. As reportagens das imprensas norte-americanas comprovam a notícia. Ao mesmo tempo, os Estados Unidos anunciaram o primeiro caso infectado do COVID-19 no dia 15 de janeiro e depois em fevereiro já havia sido descoberta a transmissão comunitária. Seja por canais externos ou internos, as autoridades norte-americanas foram bem informados em relação à disseminação do COVID-19.
As críticas de Trump à Organização Mundial da Saúde são ultrajantes. E pior ainda, ele anunciou nesta terça-feira a suspensão do financiamento à entidade sob o pretexto de não cumprir as devidas responsabilidades. O jornal The Washington Post classificou o ato de Trump como a busca por um bode expiatório.
Focado em culpar outros em vez de controlar o surto
O governo de Trump tem dedicado toda sua energia para culpar os outros, e demorado na adoção de contramedidas para controlar a disseminação do vírus, fazendo com que os Estados Unidos registrassem o maior número de casos infectados do COVID-19 no mundo.
A culpabilidade e a irresponsabilidade de Washington deterioraram a discriminação entre as raças. Desde o início do surto, ocorreram mais casos de xenofobia contra os asiáticos nos Estados Unidos.
Complacência dos políticos arrasta a prevenção epidêmica
O epidemiologista e professor associado da Universidade Rutgers, Henry F. Raymond, revelou a causa do adiamento da prevenção epidêmica nos Estados Unidos: “As experiências onde esses surtos foram propagados de maneira relativamente lenta e na maioria das vezes contidos rapidamente podem ter contribuído para mais complacência do que necessário.”
Tal como resumiu o artigo da CNN, a complacência e o apelo para manter a economia funcionando permitem que alguns políticos se recusem a enxergar claramente o que estão enfrentando.
Até às 16h18 do dia 16, horário de Washington, o número de casos confirmados do COVID-19 era de 653.825 e o número de óbitos chegou a 30.998 nos Estados Unidos.
Tradução: Isabel Shi
Revisão: Gabriela Nascimento