Comentário: estigmas não podem cobrir os erros dos políticos norte-americanos na luta contra a pandemia
Com o aumento do número de infectados pelo novo coronavírus nos Estados Unidos, políticos norte-americanos também intensificaram a estigmatização contra a China e tentaram atribuir todas as culpas a Beijing. As difamações como “a origem do COVID-19 é a China”, “a China desinformou a verdadeira situação”, “devemos exigir compensações da China”, são pontos de vista do secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, do assessor comercial da Casa Branca, Peter Navarro, e dos senadores Tom Cotton e Lindsey Graham.
No entanto, estes rumores não podem cobrir o fato de que a comunidade internacional, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS), já deu avaliações positivas sobre os trabalhos da China na luta contra a epidemia. A revista “Nature” já pediu desculpas à China por três dias consecutivos por ter ligado o COVID-19 a Wuhan.
Este é o momento que precisa-se da ciência e não de estigmas. O site norte-americano The Daily Beast indicou no dia 12 que atribuir as culpas à China é uma nova estratégia eleitoral do governo de Trump.
Contudo, os estigmas contra a China não podem esconder as três principais falhas dos Estados Unidos no tratamento relacionado ao surto do COVID-19.
Primeira, o pensamento anti-China, ignorância e arrogância desperdiçaram quase dois meses de tempo. A Associated Press revelou no dia 12 que o Pentágono já sabia do novo coronavírus em dezembro do ano passado, conforme os relatórios públicos lançados pela China. No dia 3 de janeiro, o diretor do Centro de Controle de Doenças dos EUA, Robert Redfield, já havia recebido o alerta da autoridade chinesa. No entanto, 15 dias depois, no dia 18 de janeiro, o secretário de Saúde e Serviços Humanos, Alex Azar, teve a oportunidade de informar aos líderes dos EUA sobre o assunto. No início do surto do novo coronavírus, a atitude dos norte-americanos foi “assistir de braços cruzados” e até pensar que a epidemia é uma oportunidade para romper com a China.
Segunda, as divergências internas atrapalham muito os trabalhos da luta contra a pandemia. Um artigo publicado no dia 11 pelo jornal “New York Times” indica que as divergências entre os grupos de diferentes interesses na Casa Branca causaram a hesitação do supremo líder norte-americano. Além disso, a Associated Press também reportou no dia 12 que os confrontos políticos internos fizeram com que o governo norte-americano não pudesse se concentrar na prevenção da pandemia na fase inicial. A CNN disse francamente que a raiz do fracasso dos Estados Unidos em controlar a nova epidemia é a extrema polarização política.
Terceira, "America first" prejudica a cooperação para a prevenção da epidemia. “O vírus não conhece fronteiras e a luta contra a pandemia precisa da união”, enfatizou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. No entanto, os EUA só pensam em seus próprios interesses, roubando máscaras de vários países, tentando apropriar-se da vacina pesquisada pela Alemanha e ameaçando a OMS com a retirada dos fundos.
Tradução: Luís Zhao
Revisão: Diego Goulart