Comentário: estigma contra a China não pode impedir a pandemia nos EUA
Ninguém esperava que o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, tentasse colocar o termo “vírus de Wuhan” na declaração conjunta da reunião dos chanceleres do G7 realizada no dia 25. A conduta de Pompeo sofreu críticas e recusa de outros países. Em função disso, a declaração conjunta não foi lançada.
A denominação do novo coronavírus é inaceitável sob a atual situação. O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, disse após a reunião do G7 que, para enfrentar a pandemia, a união e a cooperação são as maiores prioridades e ninguém deve aproveitar a crise para procurar outros propósitos políticos.
Conforme os dados publicados pela Universidade Johns Hopkins dos EUA, até 7 horas do dia 26, horário local, foram relatados em total 65.285 casos de infecção pelo COVID-19 no país. Entre os quais, 926 já foram a óbito. Nos últimos três dias, diariamente mais de 100 mil norte-americanos foram diagnosticados. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou no dia 24 que os EUA podem ser o epicentro da pandemia causada pelo novo coronavírus.
Nesta circunstância, o que os políticos norte-americanos devem fazer é abandonar a hostilidade e o preconceito à China, e trabalhar mais para lutar contra a epidemia.
No entanto, a mídia norte-americana revelou que a detecção do novo coronavírus ainda é difícil para as pessoas comuns e a escassez de materiais médicos é grave. O governador do Estado de Nova Iorque, disse no dia 24 que ainda falta cerca de 90 mil leitos hospitalares no estado. Além disso, ele satirizou a afirmação do governo federal de que iria dar 400 máquinas de respiração para o estado, mas o que o estado precisa é 30 mil.
O ex-secretário de Estado adjunto dos EUA, Brett McGurk, disse que os necrotérios de Nova York estão cheios e os hospitais da cidade estão em perigo de colapso. Neste momento o G7 ainda tem uma agenda para nomear o vírus?
A pandemia é um inimigo comum de toda a humanidade. A união e a cooperação é o consenso internacional. Os políticos norte-americanos devem parar de estigmatizar a China, porque isso não ajuda nada a melhoria da situação nos EUA. Eles precisam ganhar tempo para fazer algo mais importante.
Tradução: Luís Zhao
Revisão: Diego Goulart