China pede ações conjuntas para enfrentar mudanças climáticas
O conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, pediu que todas as partes cumpram seus compromissos e tomem ações concretas para enfrentar as mudanças climáticas, numa reunião trilateral entre China, França e Nações Unidas.
O encontro, realizado neste sábado, à margem da cúpula do Grupo dos Vinte (G20), foi presidido por Wang e contou com a participação do chanceler francês, Jean-Yves Le Drian, e do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.
Em referência aos progressos que a China tem feito em reduzir emissões de carbono, Wang reiterou o compromisso do país em abordar as mudanças climáticas.
Em 2018, a China reduziu suas emissões de carbono por unidade do PIB em 45,8%, em comparação com o nível de 2005, atingindo a meta com uma antecedência de dois anos.
Após estabelecer um sistema nacional para transação de cotas de emissão de carbono em dezembro de 2017, a China teve sua proporção de combustíveis não-fósseis no consumo de energia primária atingindo 14,3% em 2018, perto da meta de 15% até 2020.
Na reunião, o oficial chinês enfatizou que enfrentar as mudanças climáticas requer tanto entusiasmo quanto perseverança, enquanto confiança, ação, cooperação e aderência aos princípios são também indispensáveis no processo.
Wang disse que o mundo não parará de promover o processo, apesar de um certo país já ter se retirado dos esforços para tratar o assunto.
"As mudanças climáticas são um desafio global e não temos outra opção a não ser a cooperação", apontou ele, pedindo que os países desenvolvidos cumpram seus compromissos de mobilizar US$ 100 bilhões anualmente até 2020 para ajudar a fortalecer capacidade dos países em desenvolvimento em resolver o assunto.
Wang também expressou o apoio da China à Cúpula 2019 de Ação Climática, que será presidida pelo secretário geral das Nações Unidas em Nova Iorque em setembro.
Elogiando a cooperação bilateral sobre as mudanças climáticas, Le Drian salientou que a França está disposta a fazer esforços conjuntos com a China no sentido de incentivar que a comunidade internacional implemente o Acordo de Paris sobre Mudanças Climáticas.
Por sua parte, Guterres elogiou o papel da China em abordar as mudanças climáticas, expressando a disposição de trabalhar com o país asiático e a França para estimular os países pertinentes a tomarem ações.
As três partes concordaram que todos os países devem defender o multilateralismo, cumprir compromissos do Acordo de Paris e contribuir em prol de resultados frutíferos na Cúpula 2019 de Ação Climática e na 25º sessão da Conferência das Partes (COP25) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), marcada para 2 a 13 de dezembro, a fim de introduzir novos e fortes ímpetos na governança climática global.