Cimeira do PCCh mostra que China tem apoio ao redor do mundo
Frederico Congolo
O pesquisador e docente moçambicano na área de cooperação Moçambique-China Frederico Congolo defende que a realização da Cúpula do Partido Comunista da China revela que a China tem apoio de vários países do mundo e não se encontra isolada.
Comentando sobre a cimeira, que contou com a participação de mais de 500 partidos e organizações políticas de mais de 160 países do mundo, Congolo disse que a mensagem que se recebe é de que a China não está sozinha. “Tem parceiros com quem conta para promover a narrativa da reforma das Nações Unidas para que o conselho de segurança possa reflectir sobre a distribuição de poder”, disse.
O especialista falou para a Rádio Internacional da China (CRI, sigla em inglês) sobre a realização, nesta segunda-feira (6), da Cimeira dos Líderes do Partido Comunista da China e dos Partidos Políticos Mundiais.
Para Congolo, a participação de Moçambique, através do presidente do partido moçambicano no poder (Frelimo), Filipe Nyusi, revela um reconhecimento mútuo entre os dois partidos.
“Há um consenso entre as lideranças dos dois partidos e o país, e há vontade em manter e consolidar a cooperação diplomática que acaba, por sua vez, por resvalar para interesses de ordem económica, política, social entre outros”, afirmou.
Congolo disse que a participação da cimeira indica que os dois países, “continuam a caminhar juntos, de tal forma que a China é aquele parceiro de Moçambique que dá oportunidade quando o ocidente não quer ou não consegue dar.”
O especialista salientou que, no âmbito da cooperação entre os dois países, Moçambique pode fugir de alguns excessos do ocidente. “A intenção não é cortar as relações com o ocidente. Mas a China tem algumas vantagens”, explicou.
O docente da Universidade Joaquim Chissano disse que ainda se trata de “oportunidades que não se encontram de outro lado, como por exemplo para construção de infraestruturas de grande envergadura. Com isso, não se pode contar com apoio do ocidente, mas com a China sim.”
Por: Hilário Taimo correspondente em Moçambique