Sobre Xinjiang: os Estados Unidos e sua fábrica de mentiras

Fonte: CRI Published: 2021-07-05 18:09:37
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Por Elias Jabbour, professor da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FCE-UERJ).

Nenhum país do mundo conseguiu transformar a chamada “opinião pública” em uma receptora privilegiada de mentiras contadas milhares de vezes que se transformam em verdade. Na realidade, essa prática, que remonta a máquina de propaganda comandada por Joseph Goebbels, foi uma das várias invenções nazistas que os Estados Unidos (EUA) importaram fielmente. A mentira, na medida em que o imperialismo vai demonstrando seus imensos sinais de decadência, é uma grande arma a ser utilizada contra seus inimigos – reais ou potenciais. É desta forma que atualmente os EUA utilizam-se da mentira contada mil vezes para tentar ferir a soberania nacional chinesa utilizando a Região Autônoma Uigur de Xinjiang. Vamos aos fatos.

Em agosto de 2018 o mundo foi surpreendido com a afirmação de Gay McDougall, então membro de departamento de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), da existência de dois milhões de Uigures em campos de concentração em Xinjiang. Evidentemente que essa afirmação não foi seguida por nenhuma prova, física ou material, a respeito. Era a senha para que a máquina de propaganda do imperialismo fosse acionada.

Não existem coincidências: estas mentiras aparecem justamente no momento em que a China caminha a passos largos no rumo de alcançar seus objetivos nacionais e com seu prestígio internacional em alta. Ao leitor é bom que se diga que 80% de toda as notícias produzidas no mundo ocidental saem somente de três agências: Associated Press, France Press e Reuters. Assim o oligopólio da mentira garante a não necessidade de Gay McDougall apresentar provas de sua “denúncia”. Desde então a China tem sido acusada, sem provas, de promover o desaparecimento de pessoas, estupros em massa, esterilização forçada de mulheres e genocídio cultural contra os muçulmanos de Xinjiang.

O mais interessante é que a maior “fonte” de informações falsas sobre a realidade de Xinjiang parta de um intelectual alemão de extrema-direita (Adrian Zenz) que atualmente vive nos EUA. Coincidentemente é pesquisador da Fundação Memorial das Vítimas do Comunismo em Washington. Sua incoerência não reside somente em suas mentiras. Ele nunca colocou os pés em Xinjiang e, de suas letras, o número de presos em “campos de concentração” varia de 100 mil a dois milhões de muçulmanos. Segundo ele mesmo, “deus o concebeu para libertar Xinjiang do comunismo”.

Uma simples pesquisa é suficiente para demonstrar algumas falácias. Por exemplo, uma das acusações é de a China tem uma política de esterilização em massa que tem levado à queda da população Uigur de Xinjiang de 15,5 nascimentos por mil para 2,5 por mil. No entanto, de acordo com o relatório do sétimo censo nacional, divulgado em maio deste ano, a taxa de crescimento populacional da etnia Han foi de 4,93%, e a população das minorias étnicas da China aumentou 10,26% em comparação com 2010. Nos últimos dez anos, a população das minorias étnicas em Xinjiang cresceu 14,27%. Por outro lado, bom lembrar que as minorias étnicas chinesas ficavam fora da política de controle de natalidade implementada no início dos anos de 1980.

Outra mentira é sobre o chamado genocídio cultural. O governo chinês estaria impedindo os muçulmanos Uigures de praticar livremente sua religião, incluindo o uso de suas roupas típicas e mesquitas estariam sendo violadas. Ora, enquanto em nome da “democracia” e dos “direitos humanos” soldados dos EUA saquearam relíquias do Museu Histórico de Bagdá no ano de 2003. Entretanto, existem em Xinjiang mais de 24 mil mesquitas, e uma média de 530 muçulmanos possuem uma mesquita. Esse número é mais do que o dobro do total de mesquitas nos EUA, Grã-Bretanha, Alemanha e França.

A China tem o direito de se defender de ataques terroristas em seus territórios. É notório que grupos terroristas financiados por potências estrangeiras têm atuado em ataques contra o território chinês desde um grande atentado em Urumqi no ano de 1997. Ao invés de invadir países, a China tem construído centros de reeducação contra o fundamentalismo nos mesmos moldes dos que já existem na França, por exemplo. Por que essa preocupação dos EUA com os muçulmanos do Xinjiang enquanto que no Iraque assassinaram cerca de 650 mil pessoas e deixaram outras milhares desabrigadas?

O progresso social e econômico em Xinjiang é impressionante. De acordo com o site alemão de dados Statista, entre 2010 e 2019, a renda per capita desta região autônoma cresceu 110%. Seu destino está atrelado ao destino do povo chinês. Como parte inalienável do território chinês é garantido um futuro onde seus homens e mulheres não tenham o mesmo destino de guerra, fome e barbárie dos territórios árabes ocupados pelos EUA.

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