Dois documentos de consenso são anunciados no Fórum de Cooperação China-África
A Cúpula de Beijing do Fórum de Cooperação China-África foi encerrada nesta terça-feira (4), em Beijing. Foram anunciados no encontro dois documentos – a Declaração de Beijing e o Plano de Ação de Beijing. Trata-se de consensos entre a China e o continente relativos às questões essenciais do mundo atual. Ao mesmo tempo, os documentos demonstram a firme vontade entre os dois lados para implementar as Oito Ações, melhorar a qualidade e aumentar a eficiência das cooperações bilaterais, além de construir uma comunidade de destino China-África. O presidente chinês, Xi Jinping, afirmou que a cúpula abriu uma página histórica para as relações bilaterais, estabelecendo um novo monumento para a Cooperação Sul-Sul.
Xi Jinping e o presidente da África do Sul, Matamela Ramaphosa, presidiram a mesa redonda de líderes. Os dois documentos foram aprovados na ocasião. Após as reuniões, Xi Jinping, Ramaphosa e o presidente do Senegal – próximo país da presidência conjunta do fórum, Macky Sall, receberam os jornalistas. O líder chinês lembrou que esta cúpula tem como tema “Cooperação e ganhos compartilhados, construir uma comunidade de destino China-África mais estreita”. Ela visa planejar o desenvolvimento das relações sino-africanas, assim como traçar o futuro das colaborações bilaterais.
“Na cúpula foi anunciada a Declaração para a Construção de uma Comunidade de Destino China-África Mais Estreita. O documento resumiu os consensos sobre as questões regionais e internacionais na atualidade. Desta maneira, emitimos sinais ao mundo de um avanço de mãos dadas entre a China e a África. Os participantes aprovaram, ainda, o Fórum de Cooperação China-África – o Plano de Ação de Beijing (2019-2021). Pelo documento, definimos que, nos próximos três anos, os dois lados reforçarão as colaborações em diferentes áreas, tendo como prioridade a implementação das Oito Ações.”
Xi Jinping afirmou que o mundo de hoje está atravessando grandes mudanças sem precedentes nos últimos cem anos. A multipolarização e a globalização econômica se aprofundaram. Os destinos dos povos dos países do mundo nunca estiveram tão estreitamente interligados como estão hoje. Entretanto, o mundo está enfrentando crescentes instabilidades e incertezas, enquanto o ser humano encara muitos desafios comuns. Segundo o presidente, neste contexto, a China e a África concordaram em construir uma comunidade de destino mais estreita.
“Estamos dispostos a construir, de mãos dadas, uma comunidade de destino China-África de responsabilidades partilhadas, de cooperação e ganhos compartilhados, de felicidade partilhada, de prosperidade comum das culturas, de segurança comum e de convivência harmoniosa. Os dois lados aspiram fortalecer a coordenação entre as estratégias e políticas, a fim de estimular a construção China-África da iniciativa Cinturão e Rota. Além disso, as duas partes vão trabalhar em uma sinergia entre a construção do Cinturão e Rota, a Agenda 2063 da União Africana, a Agenda 2030 da ONU para o Desenvolvimento Sustentável, assim como as estratégias de desenvolvimento dos países africanos.”
Tradução: Joaquina Hou
Revisão: Diego Goulart