O mundo precisa de uma Europa com independência estratégica
No domingo (24), o presidente francês, Emmanuel Macron, conseguiu prolongar seu mandato. Como um importante país da União Européia, a França é uma força crucial para promover a integração europeia e manter sua autonomia estratégica.
Independência e autodeterminação são políticas diplomáticas tradicionais da França. Durante seu primeiro mandato, Macron sempre defendeu o fortalecimento da autonomia estratégica da França e da UE "para reduzir a dependência de certos aliados".
Nesta eleição, Macron declarou em seu programa de campanha que daria continuidade às políticas do seu primeiro mandato e moldaria a França "com maior independência e autonomia". Com isso, ele ganhou mais apoio. No entanto, este também será um grande desafio para ele após vencer as eleições. Um grande problema aqui é como ele lida com as diferenças de interesse com os EUA na questão da Ucrânia.
O conflito russo-ucraniano é a crise mais grave na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. É do interesse de todos os lados resolver o problema através de negociações. Macron tem repetidamente enfatizado que a situação não deve ser agravada. Entretanto, devido ao incitamento dos EUA, a UE tem continuamente reforçado as sanções contra a Rússia e as primeiras consequências já apareceram. De acordo com as estatísticas da UE, a taxa de inflação da zona do euro atingiu um novo recorde em março, de 7,4%. A taxa de inflação de alguns países foi até 15,6%.
Isto mostra que a UE já se tornou uma grande vítima do conflito russo-ucraniano. Entretanto, os EUA, como o causador da crise na Ucrânia, adquiriram enormes ganhos econômicos, contiveram a Rússia e aumentaram a dependência da UE em relação aos EUA.
No aspecto de relações com a China, a UE também deve manter a cabeça lúcida. Wendy Sherman, secretária de Estado adjunta dos EUA, durante sua viagem à Europa, novamente atacou e difamou a China com o fim de estabelecer uma "armadilha" para defender sua segurança e a hegemonia absoluta. A UE deve estar atenta a isso.
Para a UE, promover a autonomia estratégica não é, obviamente, um processo rápido e de vento em popa, mas será definitivamente prejudicada se ficar amarrada à “carruagem dos EUA”. O futuro da Europa deve ser dominado pelos próprios europeus.
tradução: Shi Liang
revisão: Diego Goulart