Comentário: O que significam os ataques contínuos da Casa Branca contra a mídia do país?

Published: 2020-04-15 19:14:27
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“É muito vergonhoso que você tenha dito isso!" “Você sabe que está fazendo notícias falsas. Sua instituição também faz notícias falsas!”

Na coletiva de imprensa da Casa Branca realizada no último dia 13, quando a jornalista da CBS Paula Reid perguntou repetidamente o que o governo dos EUA vinha fazendo ao longo de fevereiro. O líder dos EUA atacou a jornalista com muita veemência.

Foi um dos ataques contínuos de um político contra a mídia estadunidense nos últimos dias. Do “New York Times” à CNN e NBC, do programa “Voice of America” à Fox News, todos esses veículos de imprensa foram fortemente criticados por ele. Por que sua raiva contra a mídia tem sido tão grande? Vamos tomar “New York Times” como exemplo.

O jornal publicou dias atrás um artigo, afirmando que o novo coronavírus foi trazido a Nova Iorque principalmente por viajantes da Europa. Ainda indicou que caso aplicasse de forma ativa o processo de teste, os Estados Unidos poderiam ter encontrado o vírus mais cedo. O artigo foi severamente criticado pelo líder dos EUA. Ele escreveu em suas redes sociais: “Agora, o falsificador de notícias, ‘New York Times’ rastreou a origem do vírus da Europa, mas não da China. É a primeira vez que isso é dito. Quero saber de onde o jornal conseguiu essas informações? Existem fontes confirmadas desses dados?”

No entanto, os leitores podem descobrir facilmente que o jornal citou opiniões de mais de dez especialistas em áreas relativas, incluindo o geneticista Harm van Bakel, da Faculdade de Medicina do Monte Sinai, em Nova Iorque, e a virologista, Adriana Heguy, da Universidade de Nova York.

O jornal Washington Post apontou que o atual governo estadunidense aplicou a “notícias falsas” uma nova definição, “notícias corretas que, no entanto, prejudicam a reputação do máximo líder dos EUA”.

Observa-se que desde o início da pandemia, o termo “notícias falsas” se tornou mais usado pela Casa Branca contra a mídia do país. Aparentemente, isso é um tipo de resposta da administração estadunidense ao questionamento da mídia. No entanto, expõe realmente o medo e a raiva do governo dos EUA tentando ocultar erros, distrair a atenção e transferir a responsabilidade para outros.

Ainda mais chocante é o fato de que o líder do país tenha exibido um vídeo na coletiva de imprensa no último dia 13, no qual foram apresentadas suas medidas decisivas tomadas nos últimos meses para combater a epidemia. Este vídeo, considerado como “propaganda de campanha” despertou críticas generalizadas da mídia e do público.

A CNN interrompeu a transmissão ao vivo durante a exibição do vídeo. O famoso repórter da BBC, Jon Sopel, disse: “Esta é a coletiva de imprensa mais tonta e rígida que participei durante minha carreira profissional”. Os internautas comentaram: “Dado que mais de 20 mil pessoas já morreram nos Estados Unidos, o líder desperdiçou um tempo valioso com o dinheiro dos contribuintes para fazer propaganda da sua própria reputação. É realmente decepcionante!”

Até dia 15 de abril, horário de Beijing, há mais de 600 mil casos confirmados da infeção do COVID-19 nos Estados Unidos, com mais de 26 mil mortes. Neste momento crítico, nem a transferência de responsabilidade para outros nem os ataques à mídia podem esconder os erros cometidos pelo governo norte-americano. Sua lógica a sangue-frio de colocar seus próprios interesses políticos acima da vida foi completamente exposta. Alguns norte-americanos devem concentrar imediatamente seus esforços na prevenção e controle da epidemia, pois o tempo e a vida nunca serão recuperados.

tradução: Shi Liang

revisão: Diego Goulart

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