Banco da China em Angola pretende crescer com comércio bilateral
A direcção do Banco da China – Sucursal em Luanda pretende assentar a estratégia de crescimento da instituição no comércio entre os dois países, por considerar que quanto maiores forem as trocas comerciais mais elevadas serão as oportunidades de negócio, escreveu o Jornal de Angola.
A sucursal angolana do Banco da China, que iniciou a actividade no início de Junho, tem os negócios actualmente centrados na banca para empresas, mas pretende iniciar as operações de retalho, com ofertas dirigidas a clientes particulares, afirmou a instituição financeira em respostas enviadas por escrito ao jornal.
A estratégia da actual direcção é a de implantar a instituição como um banco comercial para clientes empresariais e expandir gradualmente a quota de mercado com base nas trocas comerciais entre Angola e a China, no ano passado cifradas em 15 579 milhões de dólares.
Em 2016, Angola vendeu à China produtos (fundamentalmente petróleo) no valor de 13 818 milhões de dólares (-13,54% em termos homólogos) e comprou às empresas chinesas produtos no valor de 1761 milhões de dólares (-52,69%).
O banco chinês revelou que não prevê incluir capital angolano na sucursal, por agora, assumindo-se como uma sucursal de uma instituição financeira chinesa, e não um banco de direito angolano, que obriga a que a maior parte do capital seja angolano.
A sucursal do Banco da China considera que desde o início da reconstrução pós-guerra civil, em 2002, Angola alcançou resultados económicos "impressionantes", tornando-se numa das economias mais importantes de África.
O banco considera que, embora a economia angolana esteja a atravessar um momento difícil, devido ao impacto da crise do petróleo, os obstáculos são temporários.
O documento afirma que o banco dá importante relevo ao processo de execução de políticas de diversificação económica em curso para abandonar a excessiva dependência do petróleo, o que diz ser "uma direcção correcta para o desenvolvimento." (Macauhub)