Realizada 6ª reunião da Cosban por videoconferência
O vice-presidente da China, Wang Qishan, co-presidiu a sexta reunião da Comissão Sino-Brasileira de Concertação e Cooperação de Alto Nível (Cosban) com o vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, por videoconferência de Beijing.
Segundo Wang Qishan, o comércio bilateral ultrapassou US$ 100 bilhões por quatro anos consecutivos, e a China permanece como o maior parceiro comercial do Brasil por 13 anos consecutivos. O vice-presidente chinês lembrou que o Brasil é o maior destino de investimentos da China na América Latina. Os intercâmbios intensos nas áreas de ciência e tecnologia, cultura e esportes aumentaram a amizade entre os dois povos.
Wang Qishan destacou que o mundo de hoje entrou em um novo período de agitações. Como países com influência global, a China e o Brasil devem manter uma comunicação estreita e coordenação nas questões internacionais e regionais de suma importância e fortalecer a coordenação no âmbito do mecanismo multilateral para salvaguardar e promover os interesses comuns dos mercados emergentes e das nações em desenvolvimento. Ambas as partes devem colocar em prática os resultados da Cosban para preparar o encontro dos líderes do Brics marcado para o próximo mês, onde participarão os chefes de estado dos dois países.
Mourão disse que espera expandir as exportações brasileiras para a China, enfrentar desafios comuns de mãos dadas, como a segurança alimentares, e aproveitar as novas oportunidades da transição energética e da economia de baixo carbono. “As empresas chinesas são bem-vindas para aumentar o investimento no Brasil”, afirmou Mourão.
Diante das incertezas, o Brasil está disposto a fortalecer a cooperação com a China no âmbito das estruturas multilaterais, como a organização das Nações Unidas, o Brics e o G20, contribuindo para a paz e a prosperidade mundial.
A Cosban é o mecanismo permanente de diálogo e cooperação de mais alto nível entre os governos da China e do Brasil.
Nesta reunião, chegaram a um acordo, por unanimidade, sobre o "Plano Estratégico China-Brasil 2022-2031" e o "Plano de Implementação China-Brasil 2022-2026", traçando as metas e princípios de cooperação para os próximos 10 anos, além de definir áreas e projetos prioritários de cooperação para os próximos cinco anos. Foram assinados o Protocolo de Emenda da Convenção para Evitar a Dupla Tributação e o Protocolo de Inspeção e Quarentena da Exportação de Milho Brasileiro para a China.
Tradução: Zhu Jing
Revisão: Diego Goulart