Comentário: EUA devem implementar promessas do seu presidente
O membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh) e diretor do Escritório da Comissão de Assuntos Exteriores do Comitê Central do PCCh, Yang Jiechi, reuniu-se nessa segunda-feira (14) com o assistente da presidência para Assuntos de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, em Roma, capital da Itália.
As duas partes realizaram um diálogo aberto, profundo e construtivo sobre as relações sino-norte-americanas e questões internacionais e regionais de interesse comum. Eles concordaram em implementar os consensos alcançados pelos líderes dos dois países, com o objetivo de acumular as condições para que as relações bilaterais voltem ao caminho correto do desenvolvimento saudável e estável.
Trata-se do primeiro encontro offline de alto nível entre a China e os EUA, depois da videoconferência entre os seus principais dirigentes, em novembro do ano passado. Naquela ocasião, o presidente chinês, Xi Jinping, propôs a adesão ao princípio de respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação de benefício recíproco ao tratar das relações bilaterais na nova época.
O presidente estadunidense, Joe Biden, prometeu que não promoverá uma nova guerra fria, não tentará mudar o sistema da China, não repudiará o país por meio do reforço da aliança e não apoiará a independência de Taiwan. Além disso, Biden manifestou que não quer confronto com o país asiático.
Após quatro meses, as promessas da Casa Branca ainda são palavras vazias. Os EUA anunciaram a venda de armas a Taiwan, enviaram oficiais para visitar a ilha e emitiram uma nova estratégia para a região do Indo-Pacífico, reforçando o boicote à China. As condutas estadunidenses são contrárias à promessa feita por Biden, obstruindo o processo de renormalização das relações sino-estadunidenses.
No encontro recente, a parte chinesa reafirmou sua postura de que as questões relacionadas a Taiwan, Xinjiang, Tibet e Hong Kong são assuntos internos e prioritários para o país. A China não permite a interferência de forças externas. O princípio de Uma Só China é a base política das relações entre a China e os EUA. O governo Biden se comprometeu várias vezes a não apoiar a independência de Taiwan, porém, violou repetidamente a sua palavra. No mês passado, o governo chinês decidiu, de acordo com a Lei contra Sanções Estrangeiras da China, implementar contramedidas às duas empresas dos EUA que participaram da venda de armas a Taiwan por longo período. A China está sempre determinada em salvaguardar sua soberania e segurança.
As relações sino-estadunidenses são importantes também para a paz e estabilidade do mundo. No encontro dessa segunda-feira, as duas partes também trocaram opiniões sobre a situação na Ucrânia. A parte chinesa sublinhou a necessidade de conhecer a história e a evolução da questão no leste europeu para solucionar a raiz do problema e responder às preocupações de todas as partes. A China se dedicará à promoção das negociações pacíficas para que a tensão na região seja aliviada o mais cedo possível.
Tradução: Florbela Guo
Revisão: Patrícia Comunello