PIB de 8,1%: Política de “zero Covid dinâmico” está dificultando a economia da China?
A economia da China cresceu 8,1% em 2021, mostram os dados divulgados nesta segunda-feira (17) pelo Departamento Nacional de Estatísticas (DNE) do país.
(Figura 1: O desempenho econômico da China em 2021 é um tema relevante da opinião internacional)
É este o resultado da política “zero Covid” que, segundo afirmaram alguns meios de comunicação ocidentais, iria desacelerar a economia?
(Figura 2: CNN achava que "zero covid" afetaria a economia da China)
Nessas reportagens da imprensa ocidental, há uma equivalência entre "zero Covid" e "Lockdown". Mas na verdade, o termo "zero covid" não é tão preciso. A abordagem da China é “zero Covid dinâmico", não perseguindo exageradamente zero infecções, mas controlando rápida e precisamente a epidemia no caso de um surto em algum lugar para impedir sua propagação, evitando assim a necessidade de medidas com maiores influências como "lockdown". Esta é uma abordagem humana, dinâmica, precisa e de baixo custo que visa colocar a vida e a saúde das pessoas em primeiro lugar, com o objetivo de minimizar o impacto da epidemia sobre a economia e preparar a retomada de contatos internacionais após a epidemia.
(Figura 3: “Zero Covid dinâmico" é uma abordagem precisa, de baixo custo e humana)
No terceiro trimestre de 2021, quando o surto ocorreu em Nanjing e Guangzhou na China, J.P. Morgan e Goldman Sachs revisaram o crescimento econômico da China para 2% e 2,3% de julho a setembro. Porém, a taxa de crescimento real do país foi de 4,9%.
(Gráfico 4: O desempenho econômico da China no terceiro trimestre de 2021 superou as expectativas de muitas instituições de investimento)
Aderindo a sua política de “zero Covid dinâmico", a economia chinesa fechou o ano de 2021 com o crescimento anual de 8,1%.
Os EUA, que adotam uma política de coexistência com vírus, ainda não anunciaram sua taxa de crescimento do PIB de 2021. Entretanto, não há muito tempo, a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) reduziu a previsão de crescimento do PIB dos EUA de 6% para 5,6%. No terceiro trimestre do ano passado, as exportações dos EUA caíram acentuadamente e a taxa de crescimento dos gastos de consumo individual também caiu drasticamente.