Comentário: Nínguem é mais culpado do que os EUA pela “diplomacia coercitiva”

Published: 2022-01-12 21:46:45
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As autoridades dos Estados Unidos têm distorcido repetidamente em público as contra-medidas legítimas da China contra a Lituânia chamando-as de “diplomacia coercitiva". Trata-se de uma manipulação política feita pelo lado estadunidense para apoiar as autoridades lituanas e conter a China por meio da questão de Taiwan. O uso da "diplomacia coercitiva" e a difamação contra a China refletem a hipocrisia e a prática do “bullying em palavras” dos EUA.

É muito claro o que está certo e o que está errado na atual situação das relações China-Lituânia. O governo lituano não honrou seus compromissos e violou o princípio de “uma só China”, sendo oposto e amplamente questionado pela comunidade internacional. Recentemente, o gabinete sombra da Lituânia emitiu uma declaração reconhecendo Taiwan como uma parte inseparável do território chinês e esperando que o governo lituano retificasse seu erro, o que demonstra plenamente que a China tomou contramedidas razoáveis e legítimas exatamente depois de a Lituânia ter cometido um grave erro em suas relações com a China.

Olhando para trás na história, é fácil ver que a "diplomacia coercitiva" é uma “patente” dos Estados Unidos. Já em 1971, Alexander George, um professor da Universidade de Stanford, propôs pela primeira vez o conceito de "diplomacia coercitiva" para resumir as políticas dos EUA em relação ao Laos, Cuba e Vietnã naquela época. O núcleo deste conceito era usar a ameaça da força, isolamento político, sanções econômicas e bloqueio tecnológico para forçar outros países a cumprir com as exigências dos EUA, a fim de atingir seus objetivos estratégicos e manter a hegemonia ao estilo estadunidense.

Desde forçar o governo militar do Haiti a sair do poder em 1994, listar explicitamente 30,3 bilhões de dólares de gastos militares adicionais como "diplomacia coercitiva" em 2003, até os funcionários estadunidenses confessando que a única política em relação ao Irã é a "coerção", os EUA têm fornecido ao mundo exemplos clássicos de "diplomacia coercitiva" através de uma ação após a outra ao longo dos anos.

Para os EUA, que tem um gene hegemônico, a "diplomacia coercitiva" é uma arma inseparável. Entretanto, em uma era de multilateralismo e globalização benéfica para todos, não há saída para a "diplomacia coercitiva".

O verdadeiro não é falso, e o falso não é real. A comunidade internacional pode ver claramente quem está coagindo o mundo e quem está minando a ordem internacional e as regras multilaterais. Se dependerem da "diplomacia coercitiva", os EUA não serão capazes de se tornarem verdadeiramente fortes, em vez disso, ficarão cada vez mais isolados do mundo.

tradução: Shi Liang

revisão: Erasto Santos Cruz

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