A BFSU realiza Fórum Global do Índice de Ano Novo de 2022 e lança pela primeira vez o metaíndice, a declaração da ética do índice e Inpexpedia

Declaração da Ética do Índice (Beijing, 2022)

Vivemos num mundo de indicadores construído pelos próprios seres humanos. A vitalidade dos indicadores provém da demanda universal por cognição simplificada. Portanto, para os seres humanos, os indicadores constituem uma “realidade virtual” e “realidade aumentada”, afetando profundamente a nossa cognição e, consequentemente, o mundo subjetivo e objetivo da nossa vida. Seja como mercadorias, seja como bens públicos, o desenvolvimento, a disseminação e a utilização dos indicadores devem ser realizados no âmbito da ética comum.

I. Defendemos o princípio de justiça dos indicadores.

Primeiro, independência acadêmica. Os indicadores descrevem os objetos de pesquisa por meio da simplificação e quantificação. No processo de seu desenvolvimento, utilizam-se, inevitavelmente, os conhecimentos profissionais com julgamentos subjetivos. Devemos evitar qualquer preconceito consciente e as possíveis interpretações erradas geradas no processo de disseminação e utilização. O desenvolvimento, a publicação e a utilização dos indicadores devem ser independentes dos fatores como interesses ilegítimos, reputação dos desenvolvedores e pressão exterior.

Segundo, competição justa. Deve-se oferecer aos indicadores de todos os tipos um ambiente de competição justa no mercado de conhecimento para promover o seu desenvolvimento e maximizar os seus interesses públicos para a sociedade. Os desenvolvedores e as partes interessadas não devem prejudicar os interesses globais da sociedade ao buscarem os interesses individuais.

Terceiro, antidiscriminação. Nos opomos a todos os comportamentos discriminatórios por meio dos indicadores. Não desenvolvemos nem interpretamos os indicadores conforme a raça, a cor, o sexo, a crença ou os fatores que podem trazer resultados injustos. Nos opomos à politização, estigmatização e vulgarização dos indicadores.

Quarto, desenvolvimento equilibrado. Promoveremos o desenvolvimento equilibrado e de alta qualidade dos indicadores para que mais indicadores beneficiem mais pessoas e que os indicadores avaliem e reflitam, de forma justa, a vida de mais pessoas. Nos esforçamos para eliminar o “fosso dos indicadores” e a “pobreza dos indicadores”, nos opondo à fossilização dos indicadores e à hegemonia discursiva. Nos esforçamos para reduzir o desequilíbrio do desenvolvimento, publicação e compartilhamento dos indicadores no âmbito global, bem como reduzir a desigualdade de oportunidades dos indicadores trazida pelas diferenças linguísticas, tecnológicas e culturais.

II. Defendemos o princípio de abertura dos indicadores. O desenvolvimento dos indicadores exige a coordenação global. Promovemos a cooperação global dos indicadores com base nos espíritos de consulta mútua, construção conjunta e compartilhamento de benefícios. Defendemos a aquisição aberta dos indicadores para tornar os indicadores em bens públicos. Devemos possibilitar ao público a utilização mais conveniente e eficiente dos resultados dos indicadores para que os atores concernentes participem, de forma mais aprofundada e eficaz, o desenvolvimento dos produtos e serviços relevantes dos indicadores.

III. Defendemos o princípio de cientificidade dos indicadores. Defendemos que se deve ser profissional, consciencioso e diligente no processo de configuração de sujeitos, definição de conotações, desenho dos indicadores, coleta dos dados bem como a publicação, a disseminação, a interpretação e a tomada de decisão dos indicadores, fazendo com que o processo em que se descreve os objetos de pesquisa seja abrangente, objetivo, justo e neutro. Devemos fazer julgamento subjetivo e análise profissional de uma forma científica e razoável. Para esse efeito, temos a responsabilidade de utilizar os métodos e as ferramentas mais recentes.

Sempre lembramos que, ao avaliarmos o mundo com indicadores, assumimos a responsabilidade de estabelecer os padrões e criar o futuro para o mundo.

Rede Global dos Indicadores

Dia 1 de janeiro, 2022