Comentário: Fórum de Xiangshan de Beijing foca na segurança da Ásia-Pacífico
Realizado por videoconferência, o Fórum de Xiangshan de Beijing 2021 terminou no dia 26. No evento de dois dias, mais de 50 especialistas provenientes de mais de 20 países debateram principalmente a segurança da Ásia-Pacífico, as relações entre as potências, o multilateralismo e o sistema internacional. Eles chegaram ao consenso de que todos devem persistir no multilateralismo e buscar cooperações de ganho mútuo, paz e estabilidade do mundo.
Atualmente, a segurança global está enfrentando graves desafios. Por um lado, a pandemia de quase dois anos é uma grande ameaça para a humanidade. Por outro lado, o pensamento de Guerra Fria e o unilateralismo dos Estados Unidos prejudicaram a confiança mútua entre as potências e causaram turbulências na Ásia-Pacífico. Além disso, a parceria de segurança trilateral, EUA, Reino Unido e Austrália, e sua cooperação de submarinos nucleares trouxeram o perigo da concorrência armamentista e da proliferação nuclear. Depois da retirada das forças norte-americanas e da OTAN no Afeganistão, o país asiático sofre com a crise humanitária e o aumento do terrorismo.
Os participantes indicaram que muitos conflitos do mundo estão ligados ao sistema de alianças dos EUA. Este unilateralismo com a capa de multilateralismo está destruindo a paz em muitas regiões. O ex-embaixador dos EUA na China, J. Stapleton Roy, disse que Washington precisa adotar uma abordagem mais inclusiva para a região "Indo-Pacífico" e defender a paz e a prosperidade locais junto com a China e outros países envolvidos.
A colisão subaquática do submarino norte-americano USS Connecticut também foi discutida pelos especialistas. O pesquisador da Academia das Ciências Militares do Exército de Libertação do Povo Chinês, Jiang Xinfeng, disse que, após o acidente, os EUA tentaram encobrir a verdade, o que demonstra que Washington é o maior destruidor da paz e da estabilidade na região do Mar do Sul.
Vale ressaltar que, durante a convocação do Fórum de Xiangshan de Beijing, um grupo de batalha de porta-aviões dos EUA realizou no dia 25 uma manobra militar com a força marítima do Japão no Mar do Sul. Esta conduta é claramente contra a vontade da comunidade internacional e a tendência histórica.
O mundo está enfrentando mudanças sem precedentes e muitos desafios globais. Só uma governança global mais inclusiva, um mecanismo multilateral mais eficaz e uma cooperação regional mais ativa poderão ajudar a humanidade a resolver seus problemas.
Tradução: Luís Zhao
Revisão: Diego Goulart