Comentário: Intercâmbios entre China e Europa devem avançar rumo ao ciclo positivo
O presidente chinês, Xi Jinping, conversou por telefone na terça-feira (26) com seu homólogo francês, Emmanuel Macron, sobre relações bilaterais, relações sino-europeias e questões internacionais. O conselheiro de Estado e ministro das relações exteriores da China, Wang Yi, iniciou nesta quarta-feira (27) uma visita para quatro países europeus, Grécia, Sérvia, Albânia e Itália.
Vários indícios mostram que, na época pós-epidemia, diante de uma série de problemas surgidos no processo de reinicialização global, a China e a Europa estão estreitando as comunicações e intercâmbios, ampliando a cooperação nas relações bilaterais e respondendo conjuntamente aos desafios globais.
Como duas forças principais, dois grandes mercados e duas civilizações importantes, a China e a Europa não têm conflitos de interesses fundamentais. Os intercâmbios entre os dois deveriam ter sido um ciclo positivo de conquistas mútuas. Tomando a cooperação econômica como exemplo, no ano passado, a China se tornou o maior parceiro comercial da Europa, substituindo os Estados Unidos. De janeiro a setembro deste ano, o comércio bilateral atingiu aproximadamente US$ 600 bilhões, um aumento de mais de 30%.
Em relação ao acordo de investimento China-UE, embora o Parlamento Europeu tenha tido algumas reviravoltas na aprovação do acordo por causa da instigação norte-americana, a China e a UE acreditam firmemente que esse acordo será mutuamente benefício, também para a economia global. O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse que o acordo de investimento China-UE é um “grande passo na direção certa”. “Queremos reequilibrar nossas relações econômicas com a China. Nos últimos anos, decidimos oferecer facilidades para a China entrar no nosso mercado único”, salientou ele.
O jornal New York Times analisou que os europeus não consideram a China como um “concorrente igual” como Washington. Numa entrevista ao think tank francês Groupe d’études géopolitiques, Charles Michel disse que a UE não pode ser enredada pela “competição sistemática entre a China e os EUA” e deve formular sua própria estratégia em relação à China. Na conversa com Emmanuel Macron, o líder chinês, Xi Jinping salientou que os recentes acontecimentos internacionais no mundo demonstraram mais uma vez que a França tem razão ao defender a autonomia estratégica da UE.
tradução: Shi Liang
revisão: Diego Goulart