Comentário: China e ASEAN, 30 anos de diálogos e cooperações
O conselheiro de Estado e chanceler chinês, Wang Yi, terminou no dia 15 uma visita ao Vietnã, Camboja e Cingapura. Durante sua estadia nestes países do sudeste asiático, Wang Yi mostrou a vontade da China de aprofundar a confiança política mútua, promover cooperações antipandêmicas e econômicas e defender a paz e a estabilidade na região.
Vale lembrar que nos últimos anos, os Estados Unidos também mudaram sua atenção estratégica em relação à Ásia-Pacífico com o fim de impedir o desenvolvimento da China. Pouco tempo antes, o secretário da Defesa norte-americano, General Lloyd Austin, e o vice-presidente do país, Kamala Harris, também visitaram a Cingapura e o Vietnã.
Alguns veículos de imprensa ocidentais acham que a China e os EUA estão realizando uma concorrência geopolítica na região, o que não é o fato. Este ano coincide com os 30 anos de diálogo entre a China e a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, na sigla em inglês), ou seja, a visita do chanceler chinês foi apenas uma tradição da amizade bilateral. Os intercâmbios e cooperações entre a China e a ASEAN já possuem uma história de três décadas.
Após a pandemia, esta amizade foi mais destacada. Até agora, a China já forneceu mais de 100 milhões de doses de vacinas para os países da ASEAN. Desta vez, Wang Yi declarou que a China doará mais três milhões de doses de imunizantes para o Vietnã para enfrentar as variantes da Covid-19. No Camboja, o chanceler chinês prometeu que a China compartilhará experiências e oferecerá materiais antipandêmicos até que o país vença completamente a pandemia.
Por outro lado, a China e os países da ASEAN têm um relacionamento econômico mais estreito. Nos primeiros oito meses deste ano, o valor comercial bilateral aumentou 22,8% e a ASEAN continua sendo o maior parceiro comercial da China. Na 18ª Exposição China-ASEAN, que acabou de terminar no dia 13, os dois lados assinaram 179 acordos de cooperação, com um valor total de mais de 300 bilhões de yuans, aumentando 13,7% em comparação com a edição anterior.
Como vizinhos naturais, a China e os países do sudeste asiático entendem bem que os dois lados estão na mesma comunidade de interesses comuns. Portanto, devem se respeitar mutuamente, tratar com prudência as divergências e aprofundar as cooperações. Esta é a maneira correta para defender a estabilidade e a prosperidade da região e do mundo.
Tradução: Luís Zhao
Revisão: Erasto Santos Cruz